A
agricultora familiar Antonieta Gomes da Silva, do município de Alagoa
Grande, que há dois anos começou o cultivo de pimenta de forma artesanal
e orgânica no quintal de casa, já criou a marca Pimenta da Etâ e hoje
consegue manter uma comercialização regular do seu produto para cidades
do Brejo e para João Pessoa.
Com
orientação do técnico da Emater do município, Paulo Luis dos Santos,
que também é ambientalista, há dois anos Antonieta montou o projeto e
fez o plantio que se transformou em renda familiar. A plantação ocupa
uma área de 12 metros de cumprimento por dois de largura, onde estão
plantados 40 tipos de pimenta. A agricultora se prepara para aumentar o
plantio e já faz a multiplicação de mudas.
Antonieta
afirma que toda manhã inspeciona a plantação para retirada das folhas
secas e galhos murchos. O aguamento é feito de forma manual para
economizar água.
"A
pimenta contribuiu para melhorar a qualidade de vida da minha família.
Cultivando pimenta não há tempo para tristeza, porque a gente trabalha e
conversa com as plantas, o que se torna uma boa terapia”, garante dona
Etâ, como é conhecida em Alagoa Grande.
O
técnico Paulo Luis informou que o cultivo de pimenta é uma alternativa
econômica que serve de modelo para outras famílias agricultoras. "Nossa
intenção é divulgar o êxito da iniciativa para que outras famílias
também possam fazer o mesmo”, disse.
"Através
do cultivo podemos avaliar o tamanho, cor, produtividade, resistência a
pragas e doenças, o teor de ardência e outras curiosidades sobre a
pimenta”, explicou. Paulo também cultiva algumas variedades pimenta no
quintal de sua casa, em pequenos potes e jarras.
Segundo
ele, o poder nutricional e medicinal faz da pimenta um alimento muito
saudável: "Rica em vitaminas, a pimenta também favorece a redução de
coágulos no sangue, pois é vasodilatador; estimula a produção de
endorfina no cérebro, hormônio que produz a sensação de bem-estar;
apresenta ação antioxidante, anti-inflamatória e anticancerígena; e
ainda reduz o apetite, sendo benéfica ao tratamento da obesidade”,
garante.
A
primeira colheita é feita seis meses depois de plantada, e pode ser
repetida até duas vezes por semana. O produto não é perecível e dura até
um ano.
BLOG RAFAELRAG/Cristiano Alves
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