O
Governo do Estado solicitou ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento para que seja ampliada a área de zoneamento agrícola para o
cultivo da palma forrageira na Paraíba, com a inclusão de mais 42
municípios. Atualmente são 119 que estão habilitados a acessar linha de
crédito para essa cultura.
Na ação
integrada da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Agropecuário e da
Pesca (Sedap) e suas vinculadas, a meta é garantir a produção de ração
para os rebanhos em períodos de estiagens prolongadas, como a que se
verifica neste período, informou o secretário da Agricultura Familiar,
Alexandre Eduardo. O novo zoneamento vai contribuir para a ampliação
dessa atividade tão importante na produção de ração animal. Caberá a
Emater Paraíba a orientação do plantio, o acompanhamento e outras
atividades necessárias para o cultivo.
A
sugestão para ampliação da área cultivada com palma forrageira é fruto
de discussões técnicas entre profissionais de diferentes instituições
que atuam no desenvolvimento rural da Paraíba. A palma tem condições de
ser cultivada em quase todo o Estado, presente em quase todos os
municípios paraibanos. Atualmente, o Cariri concentra 70% da produção da
palma forrageira.
A preocupação do
governo é com relação à proliferação da praga da cochonilha do carmim a
partir do início da década 2000, estando hoje o cultivo reduzido de 190
mil para 87 mil hectares, aumentando a carência de aumentos para o
rebanho, agravada ainda mais com a prolongada estiagem que se verifica
em toda região.
Como está no período de plantio da palma, nos meses que antecedem ao inverno, o Governo determinou que fosse
ampliada a distribuição de raquetes de variedade resistente à praga,
pesquisada pela Emepa. Atualmente são quatro variedades de mudas em
processo de reprodução.
Os
pesquisadores da Emepa inovam com uma técnica de micropropagação de
mudas. Com o método, a raquete de palma forrageira resistente a pragas e
doenças se multiplica em 30 mudas. A meta é distribuir as mudas da
palma em todo território paraibano para substituir as palmas que estão
sendo dizimadas pela praga da cochonilha-do-carmim.
A
palma forrageira é um alimento importante na atividade pecuária. A
Emepa tem quatro cultivadores registrados no Ministério da Agricultura a
partir de pesquisas.
O
assessoramento para o plantio e manuseio das mudas e raquetes de palma
aos produtores é feito pela Emater, que também faz a elaboração de
projetos junto ao agente financeiro. No campo, as mudas precisam passar
oito dias na sombra depois do corte e, em seguida, poderão ser plantadas
e irrigadas. Se um produtor plantar em um canteiro de um metro por dez
metros, com espaçamento de dez centímetros, ele terá 1.000 mudas para
plantar a cada 35 dias.
Os
municípios que poderão ser incluídos no Zoneamento Agrícola da Cultura
da Palma na Paraíba são: Alagoa Grande, Araçagi, Arara, Serra Redonda,
Mogeiro, Gurinhém, Juarez Távora, Logradouro, Dona Inês, Solânea, Belém,
Duas Estradas, Lagoa de Dentro, Itapororoca, Pirpirituba, Cuitegi,
Alagoinha, Mulungu, Caldas Brandão, Sossego, Riachão de Bacanarte, São
José dos Ramos, São Miguel de Itaipu, Pilar, Salgado de São Felix,
Itabaiana, Fagundes, Umbuzeiro, Olho D’água, Nova Olinda, Piancó,
Igaraçi, Coremas, Itaporanga, Catingueira, Condado, Juripiranga,
Bananeiras, Caiçara, Remígio e Guarabira.
Blog rafaelrag com a SECOM PB
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