quarta-feira, 8 de agosto de 2012

É mais fácil alterar padrão de consumo na alimentação


Ainda sobre a pesquisa ”O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável – Mulheres e tendências atuais e futuras do consumo no Brasil”, outros pontos me chamaram a atenção. Um deles é o que indica o chamado “foco na alimentação”. Ou seja, “a crença de que a área em que a mulher está pronta para mudar seu padrão de consumo é a da alimentação.” Nesse mesmo grupo de atenção é indicado que as mulheres são sensíveis ao que “envolve o ciclo vital da família, o cuidado com a casa e com as roupas.” Além destes, áreas como “a educação e qualquer questão associada ao futuro dos filhos e da família.”
É interessante confrontar esta atenção ao aspecto familiar com outro ponto, no qual os entrevistados apontam que o padrão de aquisição de bens e os hábitos de consumo da sociedade se modificaram com a entrada das mulheres no mercado de trabalho e a diminuição do tempo para as atividades domésticas. Significa que, apesar do menor tempo para as “tarefas do lar”, elas se desdobram e mantêm o zelo pela manutenção do espaço familiar como prioridade. Por isso precisam fazer escolhas sustentáveis para substituir o tempo que tinham antes.
Essa é uma tarefa complicada, principalmente, como aponta o trabalho, pela dificuldade de acesso à informação de qualidade. Uma das questões é como, em meio à profusão de informações, concluir qual a correta e conseguir decidir quais produtos ou serviços são realmente sustentáveis.
Uma sugestão que surgiu foi a da criação de um selo de sustentabilidade nos moldes do Procel, utilizado no consumo de energia. Seria uma forma de dar credibilidade e padronizar os diferentes selos que hoje estão no mercado e que, segundo o trabalho, deixam o consumidor “mais perdido do que seguro”.
A pesquisa também aponta que o governo não usa o “poder de fogo” que teria na hora de comprar produtos e serviços. Esta seria, segundo os entrevistados, uma forma de mobilizar e disseminar práticas mais sustentáveis, baseadas mais pelo exemplo e menos pelo discurso.
Outro ponto interessante indica uma percepção geral sobre os produtos sustentáveis como equivalentes a artigos de luxo e direcionados à elite econômica. Já sobre os jovens, a avaliação conclui que não estão empenhados “em direção a correções de percurso”.
Clique aqui e veja a tabela completa. No site do Ministério do Meio Ambiente é possível baixar a pesquisa completa.



Postado por Ivan Accioly

BLOG RAFAELRAG

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