Portas
sem fechadura, fios desencapados, mesas quebradas e troca-troca de
professores. Uma aluna de apenas 13 anos criou seu próprio "diário de
classe" virtual para apontar e tentar resolver os problemas da escola
onde estuda, em Florianópolis.
Aluna
da 7ª série, Isadora Faber conta que teve a ideia durante as férias,
após descobrir o blog de uma estudante que fotografava a merenda
escolar. "Vi que minha escola tinha muito mais problemas do que a
comida", diz.
Assim
surgiu a página "Diário de Classe" no Facebook, onde ela mostra
problemas de infraestrutura da escola, como fotos de fechaduras
quebradas e tomadas desprotegidas, e vídeos de aulas.
Em
menos de um mês, a página ganhou o apoio de internautas pelo país --até
esta terça-feira, tinha 47 mil seguidores. O cenário é a escola
municipal Maria Tomázia Coelho, no bairro Santinho, onde Isadora estuda
há sete anos.
No
colégio, nem todo mundo "curtiu" a iniciativa. "A diretora me chamou e
os professores começaram a dar indiretas na sala de aula", diz a garota.
"Também disseram que iam me processar."
A
mãe, Mel Faber, 45, aprova a atitude da filha e diz que foi chamada na
escola duas vezes. Segundo ela, a diretora lhe disse que apoiava a
iniciativa, mas pediu que a página fosse apagada. "Ela está exercendo a
cidadania", diz.
Mãe e filha afirmam ainda que a garota passou a sofrer represálias de funcionários.
Segundo Isadora, desde que criou a página, em julho, parte dos problemas na escola foram resolvidos.
A
Secretaria de Educação de Florianópolis afirma que tomou conhecimento
da página apenas ontem e agendou uma reunião com a direção do colégio
para ver o que foi publicado no Facebook, verificar os problemas
apontados pela aluna e tomar providências. A reportagem não conseguiu
contato com a diretora da escola.
(Folha.com)
Blog rafaelrag
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