Recorte inédito de dados de desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 nas capitais do País, além de confirmar a distância entre as notas médias dos estudantes de colégios particulares e os de escolas públicas, revela o abismo que separa estudantes brancos e negros das duas redes. Os números mostram que as notas tiradas pelos alunos brancos de escolas particulares no exame são, em média, 21% superiores às dos negros da rede pública – acima da diferença de 17% entre as notas gerais, independentemente da cor da pele, dos estudantes da rede privada e os da rede pública.
Diferença não é mantida na faculdade - A desigualdade entre alunos cotistas e não cotistas não vai definir a vida acadêmica, afirma o professor João Feres Júnior, do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). “A diferença na nota de entrada não significa que ela será mantida dentro da faculdade ou na saída. “Para ele, prever a queda da qualidade das instituições como reflexo das cotas é um “exercício catastrófico de futurologia”. Feres Júnior cita o exemplo da própria Uerj. A instituição elaborou um relatório de performance que avaliou os estudantes entre 2004, ano do início das cotas, e 2010, quando a primeira turma a entrar no novo modelo concluiu o curso. O trabalho mostrou que o grande desafio para os cotistas não está relacionado à defasagem, mas à evasão escolar.
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