sábado, 10 de março de 2012

Mercadante aponta os desafios para a educação no Brasil

O desenvolvimento da educação e da ciência é o maior desafio histórico do Brasil. Foi o que afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, na tarde desta quinta-feira, 1º de março, na cerimônia de lançamento do livro Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Competitivo, organizado por Roberto Mendonça Faria. “Estamos caminhando para ser a quinta economia do mundo, mas não seremos um país desenvolvido enquanto não resolvermos os problemas da educação e da ciência no país”, disse ele. “A começar pela educação básica.” O evento foi realizado no edifício-sede da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O livro lançado tem o objetivo de contribuir para o avanço tecnológico e inovador do Brasil por meio de recomendações e propostas factíveis. Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Competitivo é fruto de parceria entre a Capes, a SBPC e o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa). O volume foi elaborado por um grupo de trabalho da SBPC, coordenado por Roberto Mendonça Faria e composto por Jacobus Willibrordus Swart, Jailson Bittencourt de Andrade e João Batista Calixto.

Segundo Mercadante, o tema é de tal importância para o atual contexto brasileiro que foi incluído pela primeira vez no plano plurianual como um dos objetivos estratégicos do país. “Queremos que a ciência, a tecnologia e a inovação sejam um dos eixos estruturantes do desenvolvimento do país”, afirmou o ministro.

Mercadante destacou ainda a importância de que cada vez mais debates surjam sobre o tema. “Fico feliz de ver a comunidade científica não apenas fazendo diagnósticos, mas se arriscando a apresentar propostas que impulsionem o estado brasileiro”, elogiou.

Nesse sentido, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, enfatizou o mérito da publicação em colocar o debate sobre ciência, tecnologia e inovação na problemática do desenvolvimento do país. “A importância da ciência para a sociedade é uma questão que nós, da comunidade científica, temos que responder à altura. Este livro faz parte desse movimento maior de levar à população a importância da produção científica para o desenvolvimento do país”, explicou.

O coordenador do Grupo de Trabalho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Roberto Mendonça Faria, um dos responsáveis pela publicação, destacou os números positivos de titulação e de produção científica do Brasil nos últimos anos. Em 2010, o Brasil titulou 50.904 estudantes mestres e doutores e ocupa atualmente a 13ª posição no ranking da produção científica internacional.

O presidente da Capes, Jorge Almeida Guimarães, lembrou a origem do livro, que surgiu a partir de uma cooperação com a Sociedade Brasileira de Física para uma publicação sobre desenvolvimento e inovação, no ano de 2007.

De acordo com Guimarães, como resultado daquela movimentação surgiram dois produtos importantes para a pesquisa científica brasileira: o Programa Nacional de Pós-Doutorado (PNPD) e a  Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), que teve a criação formalizada no final de 2011.

Sendo assim, o presidente da Capes espera que essa nova publicação também gere importantes frutos para o setor no Brasil.“O livro é uma importante iniciativa, que servirá para orientar a missão dos órgãos de educação, ciência e tecnologia do governo para alcançar os objetivos ilustrados no livro”, definiu.

(MEC)

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