O presidente indiano, Pranab Mukherjee, entregou o prêmio Indira Gandhi ao ex-presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva recebeu na última quinta (22) em Nova Déli, na Índia, o prêmio Indira
Gandhi pela Paz, Desarmamento e Desenvolvimento 2010. Embora tenha sido
escolhido para receber o prêmio há dois anos, Lula não pode ir à
cerimônia por conta da descoberta e início do tratamento de um câncer na
laringe em outubro de 2011. A cerimônia ocorreu no palácio presidencial
indiano, com a presença do presidente Pranab Mukherjee, do
primeiro-ministro Manmohan Singh, e da nora de Indira e presidente do
partido Congresso Nacional Indiano, Sonia Gandhi.
O ex-presidente foi escolhido
pelo júri do prêmio, de forma unânime, por sua “extraordinária
contribuição para a causa da eliminação da pobreza e da promoção
do crescimento inclusivo no Brasil, por sua forte defesa dos laços
entre as nações em desenvolvimento e por sua contribuição singular para a
causa da parceria Brasil-Índia”. Em seu discurso, Lula agradeceu o
prêmio afirmando se tratar de um reconhecimento ao povo brasileiro, que
“soube entender que só com muita paz e democracia, conseguiríamos
liderar o país para o patamar que ele alcançou”.
O primeiro-ministro indiano
ressaltou a posição do Brasil no cenário internacional, conquistada no
governo Lula, além da reputação mundial do próprio ex-presidente. “O
presidente Lula tem uma clara visão global.
Ele é consciente da interdependência entre os países e de que a
responsabilidade de um líder não termina na fronteira do seu país. Seu
trabalho com a América Latina e a África ainda tocará muitas vidas nos
próximos anos”. Lula ainda aproveitou o discurso para defender a
inclusão do Brasil e da Índia no Conselho de Segurança da ONU.
O prêmio Indira Gandhi Pela Paz,
Desarmamento e Desenvolvimento foi criado em 1986 e é concedido
anualmente a pessoas ou organizações, “em reconhecimento a esforços
criativos no sentido de promover a paz internacional e o desarmamento,
igualdade racial, boa vontade e harmonia entre as nações; assegurar a
cooperação econômica
e promover uma nova ordem econômica mundial; acelerar um avanço
abrangente das nações em desenvolvimento; assegurar que as descobertas
da ciência e do conhecimento moderno sejam usadas para o bem maior da
raça humana; e ampliar o alcance da liberdade e enriquecer o espírito
humano”.
Fonte: Rede Brasil Atual
Blog rafaelrag/Focando a Notícia
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