Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/11/2012
Se a teoria estiver correta, o primeiro desafio a vencer é descobrir
como produzir "energia negativa", necessária para contrair e expandir o
tecido do espaço-tempo. [Imagem: NASA]
Viagens interestelares
Um evento chamado "Espaçonave Interestelar em 100 Anos" parece ser o
lugar ideal para quem quer discutir ideias mirabolantes para o futuro da
exploração espacial.
Mas não exatamente o lugar onde procurar ideias para colocar em prática a curto prazo.
É por isso que está causando furor uma apresentação feita pelo
cientista Harold White, do Centro Espacial Johnson, da NASA, durante o
evento.
White propôs nada menos do que um experimento de laboratório, a ser
realizado nos próximos meses, para demonstrar que as viagens espaciais
acima da velocidade da luz são possibilidades com um nível de
"concretude" muito além do imaginado até agora - ou, também se poderia
dizer, são "menos impossíveis" do que se supunha.
As viagens espaciais interestelares não podem ser realizadas com as
tecnologias conhecidas hoje porque as naves são lentas demais.
A Voyager 1,
por exemplo, que é o artefato construído pelo homem a atingir a maior
distância da Terra, está a 17 horas-luz de distância, mesmo viajando
continuamente desde 1977.
Isso porque ela viaja a 0,006% da velocidade da luz. A Voyager levará
17.000 anos para percorrer 1 ano-luz - e a estrela mais próxima de nós,
Alfa Centauri, está a 4,3 anos-luz.
Velocidade de dobra
As viagens em velocidade superluminal - acima da velocidade da luz -
são comuns na ficção científica, onde são conhecidas como viagens em
velocidade de dobra - ou warp - uma referência a dobras no tecido do espaço-tempo.
A Teoria da Relatividade estabelece que nada pode viajar mais rápido
do que a velocidade da luz. Mas ela não impõe nenhum limite para a
velocidade com que o tecido do espaço-tempo pode se contrair ou
expandir.
É fácil entender essa "brecha na lei": imagine duas lâmpadas, uma ao
lado da outra, piscando alternadamente. A velocidade máxima com que a
luz de cada uma delas chegará aos seus olhos será sempre a velocidade da
luz. Mas a velocidade com que elas alternam as piscadas não tem nenhum
limite.
No caso da viagem em velocidade de dobra, o truque é colocar a
espaçonave dentro de uma "bolha" e fazer com que o espaço-tempo à frente
da bolha se contraia, expandindo-se logo atrás da bolha. A espaçonave
vai literalmente surfar pelo espaço-tempo, sem nenhuma aceleração.
Na verdade, em termos da velocidade da luz, a espaçonave estará
totalmente parada em relação ao seu referencial, que é o seu "tapete
mágico" de tecido espaçotemporal.
O
conceito inicial da viagem de dobra que está sendo explorado foi
proposto pelo físico mexicano Miguel Alcubierre. [Imagem: Harold
White]
Em 1994, o físico mexicano Miguel Alcubierre propôs um esquema para
fazer isso, envolvendo um tipo de "matéria exótica", com energia
negativa, que ninguém sabe se existe.
Além disso, para dar a partida na bolha de dobra, a proposta de
Alcubierre exigiria energia negativa equivalente à massa do Universo.
O esquema foi aprimorado por outros cientistas, que chegaram a uma
quantidade de energia negativa equivalente à massa de Júpiter.
O que o Dr. Harold White fez agora foi redesenhar o projeto inicial
de Alcubierre, que previa uma nave espacial em formato de charuto
circundada por um anel feito da matéria exótica e desconhecida, que
seria o responsável por contrair o espaço à frente e expandi-lo atrás da
nave.
Ao usar um anel de material arredondado - imagine um anel feito de um
cano - White refez os cálculos e descobriu que será necessário usar
apenas algumas centenas de quilogramas de energia negativa.
E, embora ninguém tenha a menor ideia de em que situação essa energia
negativa possa ser encontrada ou produzida, White afirma que a ideia
pode ser demonstrada em laboratório, em microescala.
Dobras espaçotemporais
É o que White pretende fazer em um novo laboratório que está sendo criado pela NASA, por enquanto conhecido informalmente como Eagleworks.
Ele está usando um tipo especial de interferômetro a laser, chamado
Interferômetro de Campo de Dobra White-Juday, para criar versões
microscópicas das dobras espaçotemporais.
O equipamento tem precisão suficiente para fazer o espaço-tempo se
contrair e expandir apenas uma parte em 10 milhões, mas será o
suficiente para demonstrar a viabilidade do conceito.
Se o experimento der certo, outros cientistas poderão se sentir
encorajados a encarar os muitos problemas que ainda restarão para tornar
realidade as viagens interestelares.
Entre esses problemas estão o fato de que as teorias ainda não sabem
como ordenar ao mecanismo de dobra espacial para onde ele deve ir - se
para frente ou para trás, por exemplo - e, para onde quer que ele vá,
como é que se faz para pará-lo.
Blog rafaelrag com o professor Adriano Batista da UAF-UFCG e
Cosme Alexandre O. B. Figueiredo
2nd French-Brazilian Meeting on
Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology
Second Announcement of 2nd French-Brazilian Meeting on Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology International Centre for Condensed Matter Physics (ICCMP) University of Brasília, Brasília-DF (Brazil), December 10-14, 2012 Dear Colleagues, The period of submission of resumes for the "2nd French-Brazilian Meeting on Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology” has been extended up until *November 25th*. Registrations were also extended until *November 25th *. For more information regarding the abstract submission and registration fees, please visit the conference website: www.3nanofbm.com Looking forward to seeing you in Brasília, Best regards, Jérôme Depeyrot (Brazil) Régine Perzynski (France) Francisco Augusto Tourinho (Brazil)
Blog rafaelrag
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