sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Velocidade de dobra é mais factível do que se imaginava e 2nd French-Brazilian Meeting on Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology,

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/11/2012
Viagem espacial acima da velocidade da luz pode ser possível
Se a teoria estiver correta, o primeiro desafio a vencer é descobrir como produzir "energia negativa", necessária para contrair e expandir o tecido do espaço-tempo. [Imagem: NASA]
Viagens interestelares

Um evento chamado "Espaçonave Interestelar em 100 Anos" parece ser o lugar ideal para quem quer discutir ideias mirabolantes para o futuro da exploração espacial.
Mas não exatamente o lugar onde procurar ideias para colocar em prática a curto prazo.
É por isso que está causando furor uma apresentação feita pelo cientista Harold White, do Centro Espacial Johnson, da NASA, durante o evento.
White propôs nada menos do que um experimento de laboratório, a ser realizado nos próximos meses, para demonstrar que as viagens espaciais acima da velocidade da luz são possibilidades com um nível de "concretude" muito além do imaginado até agora - ou, também se poderia dizer, são "menos impossíveis" do que se supunha.
As viagens espaciais interestelares não podem ser realizadas com as tecnologias conhecidas hoje porque as naves são lentas demais.
A Voyager 1, por exemplo, que é o artefato construído pelo homem a atingir a maior distância da Terra, está a 17 horas-luz de distância, mesmo viajando continuamente desde 1977.
Isso porque ela viaja a 0,006% da velocidade da luz. A Voyager levará 17.000 anos para percorrer 1 ano-luz - e a estrela mais próxima de nós, Alfa Centauri, está a 4,3 anos-luz.

Velocidade de dobra

As viagens em velocidade superluminal - acima da velocidade da luz - são comuns na ficção científica, onde são conhecidas como viagens em velocidade de dobra - ou warp - uma referência a dobras no tecido do espaço-tempo.
A Teoria da Relatividade estabelece que nada pode viajar mais rápido do que a velocidade da luz. Mas ela não impõe nenhum limite para a velocidade com que o tecido do espaço-tempo pode se contrair ou expandir.
É fácil entender essa "brecha na lei": imagine duas lâmpadas, uma ao lado da outra, piscando alternadamente. A velocidade máxima com que a luz de cada uma delas chegará aos seus olhos será sempre a velocidade da luz. Mas a velocidade com que elas alternam as piscadas não tem nenhum limite.
No caso da viagem em velocidade de dobra, o truque é colocar a espaçonave dentro de uma "bolha" e fazer com que o espaço-tempo à frente da bolha se contraia, expandindo-se logo atrás da bolha. A espaçonave vai literalmente surfar pelo espaço-tempo, sem nenhuma aceleração.
Na verdade, em termos da velocidade da luz, a espaçonave estará totalmente parada em relação ao seu referencial, que é o seu "tapete mágico" de tecido espaçotemporal.
Viagem espacial acima da velocidade da luz pode ser possível
O conceito inicial da viagem de dobra que está sendo explorado foi proposto pelo físico mexicano Miguel Alcubierre. [Imagem: Harold White]
Energia negativa
Em 1994, o físico mexicano Miguel Alcubierre propôs um esquema para fazer isso, envolvendo um tipo de "matéria exótica", com energia negativa, que ninguém sabe se existe.
Além disso, para dar a partida na bolha de dobra, a proposta de Alcubierre exigiria energia negativa equivalente à massa do Universo.
O esquema foi aprimorado por outros cientistas, que chegaram a uma quantidade de energia negativa equivalente à massa de Júpiter.
O que o Dr. Harold White fez agora foi redesenhar o projeto inicial de Alcubierre, que previa uma nave espacial em formato de charuto circundada por um anel feito da matéria exótica e desconhecida, que seria o responsável por contrair o espaço à frente e expandi-lo atrás da nave.
Ao usar um anel de material arredondado - imagine um anel feito de um cano - White refez os cálculos e descobriu que será necessário usar apenas algumas centenas de quilogramas de energia negativa.
E, embora ninguém tenha a menor ideia de em que situação essa energia negativa possa ser encontrada ou produzida, White afirma que a ideia pode ser demonstrada em laboratório, em microescala.

Dobras espaçotemporais

É o que White pretende fazer em um novo laboratório que está sendo criado pela NASA, por enquanto conhecido informalmente como Eagleworks.
Ele está usando um tipo especial de interferômetro a laser, chamado Interferômetro de Campo de Dobra White-Juday, para criar versões microscópicas das dobras espaçotemporais.
O equipamento tem precisão suficiente para fazer o espaço-tempo se contrair e expandir apenas uma parte em 10 milhões, mas será o suficiente para demonstrar a viabilidade do conceito.
Se o experimento der certo, outros cientistas poderão se sentir encorajados a encarar os muitos problemas que ainda restarão para tornar realidade as viagens interestelares.
Entre esses problemas estão o fato de que as teorias ainda não sabem como ordenar ao mecanismo de dobra espacial para onde ele deve ir - se para frente ou para trás, por exemplo - e, para onde quer que ele vá, como é que se faz para pará-lo.

Blog rafaelrag com o professor Adriano Batista da UAF-UFCG e
Cosme Alexandre O. B. Figueiredo
 

 

2nd French-Brazilian Meeting on

Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology

 
Second Announcement of 2nd French-Brazilian Meeting on Nanoscience,
Nanotechnology and Nanobiotechnology
International Centre for Condensed Matter Physics (ICCMP)
University of Brasília, Brasília-DF (Brazil), December 10-14, 2012

Dear Colleagues,

The period of submission of resumes for the "2nd French-Brazilian Meeting
on Nanoscience, Nanotechnology and Nanobiotechnology” has been extended up
until *November 25th*. Registrations were also extended until *November 25th
*. For more information regarding  the abstract submission and registration
fees, please visit the conference website:

www.3nanofbm.com

Looking forward to seeing you in Brasília,

Best regards,

Jérôme Depeyrot (Brazil)
Régine Perzynski (France)
Francisco Augusto Tourinho (Brazil) 
 
Blog rafaelrag 
 

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