Adendo do blog rafaelrag. Neste domingo, 25, será comemorado o dia da
consciencia negra, no Grupo Escolar Firmo Santino, da comunidade de
Caiana dos Crioulos de Alagoa Grande. O professor Rafael participará deste último evento desta comunidade quilombola na administração do prefeito Bosco Júnior. A diretora da escola desta comunidade, Lúcia Júlio, Bibiu e sua esposa Irnar, secretária de cultura do município estarão presentes também.
Imagine um bispo da igreja católica
dançando ciranda com um grupo de cirandeiras remanescentes de um dos
quilombos da Paraíba. A apresentação, realizada de forma surpreendente
pelo arcebispo Emérito da Paraíba Dom José Maria Pires e um grupo de
Ciranda do Quilombo Caiana dos Crioulos, aconteceu no último dia 20 de
novembro, no Museu Assis Chateaubriand (MAC) da Universidade Estadual da
Paraíba (MAC), onde está sendo realizada a exposição “Quilombos da
Paraíba – a realidade de hoje e os desafios para o futuro”, com
fotografias do fotógrafo italiano Alberto Banal e dos 52 alunos
quilombolas do projeto “Fotógrafos de Rua”.
O
movimento fez parte das comemorações alusivas ao Dia da Consciência Negra
e foi incentivado pela Associação de Apoio às Comunidades
Afrodescendentes – AACADE, a Coordenação Estadual das Comunidades
Quilombolas – CECNEQ, bem como pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e
Indígenas (NEAB-Í).
Cirandeiras do Grilo e da Caiana dos
Crioulos, além de outros membros das comunidades Matão, Grilo, Pedra
d’Água, Senhor do Bonfim, Negros das Barreiras e Os Rufinos, fizeram uma
apresentação cultural e, para surpresa de todos, Dom José Maria Pires,
arcebispo emérito da Paraíba, se envolveu com o ritmo dos quilombolas e
não se conteve em ser apenas um espectador de tão bela manifestação
afro-brasileira.
O Quilombo
Reconhecida como um dos 13 legítimos
quilombos brasileiros, a comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos
ainda preserva a cultura dos antepassados através do canto e da dança. A
capoeira e a música, que na época da escravidão embalavam os negros nas
senzalas, fazem parte da vida da comunidade.
A tradição na comunidade é tão forte que
os grupos, incentivados pelo Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e
Indígenas (NEAB-Í) da Universidade Estadual da Paraíba, já saíram do
antigo quilombo para se apresentar em várias cidades. Para não deixar
morrer a tradição, foi criado o grupo de ciranda mirim.
Caiana dos Crioulos é uma comunidade
remanescente de quilombo que fica numa serra do município de Alagoa
Grande. Os instrumentos que acompanham o coco-de-roda e a ciranda, em
Caiana são o bumbo, o triângulo e o ganzá, geralmente tocado por jovens
da comunidade, filhos das cantadeiras-dançadeiras. O NEAB-Í da UEPB tem
realizado um trabalho junto ao Quilombo e incentivado a preservação da
cultura local.
SECOM/UEPB
Blog rafalerag
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