O gari de Piracicaba (SP) que matou o
próprio filho de 3 anos disse nesta terça-feira (27) que bateu no garoto
porque ele fez cocô na calça. Ismael José Brito de Souza, de 24 anos,
foi preso por investigadores da Delegacia de Investigações Gerais (DIG)
em Francisco Morato (SP), na segunda-feira (26), na casa de um amigo.
Ele afirmou que está arrependido. “Eu não lembro o que aconteceu e
por que fiz isso.” O agressor machucou a vítima com uma borracha usada
em inaladores.
O menino foi levado pelo pai ao pronto-socorro da Vila Sônia na
madrugada do dia 11 de novembro. No depoimento à polícia, na data, ele
disse que a criança havia sido espancada pela mãe e que ela teria ligado
para que ele fosse buscá-lo. O garoto foi encaminhado à Santa Casa de
Piracicaba, onde foi submetido à cirurgia, mas não resistiu aos
ferimentos e morreu.
A criança chegou a ser mantida por aparelhos durante dois dias, até
que houve morte cerebral. Em depoimento, a mãe do menino disse que não
morava mais com a criança e que não o viu no dia da agressão. O corpo
dele foi enterrado no Cemitério da Saudade no dia 16, data em que Ismael
completaria quatro anos de idade. Familiares e amigos estão revoltados.
Mãe chora ao ver foto do menino espancado pelo pai e que morreu em Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
A Justiça da cidade tinha expedido mandado de prisão temporária de Souza
e Uma campanha realizada pelo tio do menino no Facebook estava em busca
do gari.
“Nós priorizamos o caso devido à forte comoção causada pelo caso”,
disse o delegado Wilson Lavorenti, responsável pela DIG. O desempregado
será encaminhado para a cadeia pública de São Pedro (SP).
Como ocorreu o crime
Souza chegou com o filho em casa por volta das 19h e foi colocar o
garoto para tomar banho. No trajeto para o banheiro, o menino fez cocô
na calça e Souza começou a bater. Ele justificou dizendo que também
sofreu agressões na infância. “Meu pai também batia em mim quando
criança”, disse. O gari, que foi demitido da Prefeitura por faltar do
emprego, falou ainda que a madrasta não estava envolvida no caso. “Eu
acusei a mãe do menino porque tive medo.”
G1
Blog rafaelrag/focando a notícia
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