Nas
duas últimas décadas, os processos de saúde e doença da classe
trabalhadora brasileira foram objeto de várias investigações no campo
das ciências humanas, sociais e da saúde. Essa preocupação também vem
ocorrendo em escala internacional devido aos danos provocados à saúde
pelas condições de trabalho.
Burnout
é uma condição de sofrimento psíquico relacionado ao trabalho e está
associado com alterações fisiológicas decorrentes do estresse. Nessa
síndrome, a pessoa acometida não vê mais sentido em sua relação com o
trabalho nem com as pessoas que estejam envolvidas com ele. É a síndrome
da desistência, nada mais importa e qualquer esforço parece inútil.
Os sintomas do burnout geralmente
são percebidos devido à ausência de certos fatores motivacionais tais
como: alegria, entusiasmo, energia, satisfação, interesse, vontade,
projetos de vida, ideias, concentração, autoconfiança, autoestima, humor
etc. As consequências desse sofrimento ultrapassa a vida laboral
envolvendo tanto o trabalhador como sua família e a sociedade como um
todo, acarreando o agravamento da violência urbana em cada um de seus
aspectos particulares. A síndrome de burnout se relaciona negativamente
com a saúde, o desempenho e a satisfação no trabalho, com a qualidade de
vida e com o bem-estar subjetivo.
Quando
o trabalho do professor começa a adoecê-lo as queixas apresentadas
incluem tanto condições físicas como psicossociais. Isso acontece porque
o ato de educar envolve afeto, ultrapassa a simples transmissão de
informações e treinamento específico de habilidades, sendo um trabalho
permeado de relações interpessoais, envolvendo discussão e debate do
professor com seus alunos. Consequentemente, essa categoria de
profissionais é uma das mais suscetíveis ao burnout, pois tem contato
direto e excessivo com outros seres humanos, principalmente quando estes
apresentam problemas.
Em
professores, burnout é conhecido como uma exaustão física e emocional
que começa com um sentimento de desconforto e pouco a pouco aumenta à
medida que a vontade de lecionar gradualmente diminui.
Autores: Sílvia M. M. Gonçalves, Carolina M. B. Souza, Leila P. D. Diogo, Rafael L. Francisco e Tássia Ferreira.
Fonte: Revista Proteção.Blog rafaelrag com Laércio Silva
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