quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Morte de Oscar Niemeyer repercute na imprensa internacional

O jornal  The Guardian  noticiou a morte, destacando Niemeyer como o homem que construiu Brasília. Foto: Reprodução
O jornal The Guardian noticiou a morte, destacando Niemeyer como o "homem que construiu Brasília"
Foto: Reprodução
 
Jornais do mundo inteiro repercutiram nesta quarta-feira a morte do arquiteto Oscar Niemeyer, considerado um dos nomes mais influentes da arquitetura moderna mundial. Niemeyer morreu de infecção respiratória às 21h55 desta quarta, aos 104 anos, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro.
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O jornal espanhol El País deu destaque à morte na capa de sua edição online com o título "Morre Niemeyer, o poeta da curva". Para o periódico, o arquiteto foi uma das figuras mais importantes da arquitetura moderna e desenhou boa parte de Brasília. Também da Espanha, o jornal ABC lembrou o fato de Niemeyer ter projetado os principais edifícios públicos da capital federal brasileira.
O espanhol El Mundo classificou Niemeyer como "último símbolo do século XX" e destacou o fato de ele ter continuado trabalhando até o fim da vida. Para o argentino Clarín, que o chamou de "ícone da arquitetura", o brasileiro foi um dos mais emblemáticos expoentes da arquitetura moderna do século XX.
O jornal americano Wall Street Journall noticiou a morte do ícone, destacando que ele misturou o "modernismo com a sensibilidade tropical de seu Brasil nativo", mas também foi alvo de críticas, inclusive de pessoas que trabalhavam em algumas de suas obras. O Washington Post publicou um obituário em que exalta a investida "ousada e dramática" do desenho em suas obras.
O The York Times chamou o arquiteto de precursor de uma nova geração que deu vazão à sensualidade e à liberdade de imaginação com fotos da Catedral de Brasília e uma aérea da cidade. A revista Time, em sua edição digital, afirmou que Niemeyer encontrou inspiração nas espirais da natureza e "recriou as curvas sensuais do Brasil em concreto reforçado e construiu a capital, Brasília, nos despovoados planaltos centrais como símbolo do futuro da nação". A publicação aponta que, com centenas de edifícios seus preenchendo a paisagem brasileira, nenhum outro arquiteto teve uma ligação tão forte com seu país quanto Niemeyer teve com o Brasil.
O inglês The Guardian também deu espaço à morte de Niemeyer, destacando-o como o eminente arquiteto brasileiro conhecido como "o homem que construiu Brasília". A BBC lembrou que Oscar Niemeyer sempre foi um grande defensor dos ideais da revolução soviética e se manteve fiel a suas crenças comunistas mesmo após a queda do Muro de Berlim. . O The Financial Times lembrou que Niemeyer era comunista e ressaltou sua síntese sobre a vida: ''A vida é um suspiro, um minuto. Nós nascemos, nós morremos''.
O alemão Der Spiegel aclamou Niemeyer como grande responsável por cunhar o estilo moderno no Brasil. Ainda na Alemanha, o diário Frankfurter Allgemeine chamou o brasileiro de "a estrela da arquitetura". Outro jornal alemão, o Süddeutsche Zeitung, traz em sua página na internet uma galeria com fotos de Niemeyer e suas obras.
Para o Le Monde, um dos principais jornais da França, Niemeyer era o ''arquiteto da sensualidade''. Na reportagem, há duas fotografias: uma do arquiteto olhando a paisagem do Rio de Janeiro pela janela e a outra do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidenta da República, Dilma Rousseff. Segundo a matéria jornalística, Niemeyer revolucionou a arquitetura. A Xinhua, agência estatal de notícias da China, publicou uma reportagem longa copilando várias informações sobre o arquiteto. Também ressaltou a nota de pesar da presidenta Dilma Rousseff. A emissora Al Jazeera, uma das principais do mundo árabe, definiu Niemeyer como o ''arquiteto futurista'' e lembrou seu legado com mais de 400 obras espalhadas pelo mundo.
Em sua página oficial no Facebook, a ONU Brasil homenageou Niemeyer, destacando que ele participou do desenvolvimento de projetos arquitetônicos para a construção da sede permanente das Nações Unidas em Nova York. A entidade relembrou a participação do arquiteto na Conferência Rio+20 e o definiu como um "ser humano que deixará muitas saudades".
Com informações da Agência Brasil
Blog rafaerag

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