Estudantes do município de Solânea estão se unindo para, juntamente com alunos do país inteiro, entrarem com uma contestação conjunta contra as notas atribuídas as redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A mobilização está sendo feita por meio das redes sociais e, se achando prejudicados, os alunos solanenses também não querem ficar de fora do protesto e da ação que deverá ser interposta na justiça.
Residente em Solânea, o estudante Jordan Miguel, de 18 anos, espera que o movimento se torne grandioso para que os alunos que foram prejudicados tenham suas notas restabelecidas. “É um movimento de não apenas alguns alunos insatisfeitos com a forma que suas redações foram corrigidas, e sim um movimento de centenas de alunos que tem uma tendência enorme a se alastrar, já que o número de insatisfeitos é grande”, disse.
Ele conta, inclusive, que professores confessaram que teriam sido pressionados para corrigir com rapidez as redações, fato que teria atrapalhado o andamento das correções. “Contra fatos não há argumentos, consultamos até pessoas que corrigiram provas do Enem e eles disseram que foram explorados para uma correção mais rápida, isto com certeza prejudicou grande parte dos alunos”, contou Jordan.
Para que a contestação conjunta dê certo foi criado um perfil no Facebook com intuito de mobilizar a maior quantidade de alunos possíveis. (Veja aqui o link)
Participantes que não concordaram com a nota já estão se organizando no Facebook para tentar entrar com uma ação judicial coletiva. O grupo, chamado “Ação Judicial – Redação Enem 2012”, foi criado na tarde dessa sexta-feira (28) e já conta com mais de 1.300 membros.
A ideia foi de um estudante da Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Na descrição, é explicado que “o motivo da idealização desse grupo surge diante das evidentes atrocidades cometidas pelo MEC na concretização de seus critérios de correção das redações do Enem 2012”.
Link da petição: http://enem.cloudservidor.com.br/
Entretanto, para conseguir essa vista de prova é necessário entrar com uma ação na Justiça para obrigar o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) a dar vista de prova e a revisar a redação.
Nesta edição do Enem, os participantes terão acesso ao espelho da redação, mas apenas para vista pedagógica, ou seja, não poderão recorrer da nota. Caso tenham alguma reclamação, deverão procurar a Justiça. O problema, desta vez, é que o espelho será liberado apenas no dia 6 de fevereiro, mas as inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vão de 7 a 11 de janeiro.
Para recorrer da nota, é preciso buscar pareceres sobre a redação e enviá-los ao Inep. Todo o procedimento é feito por e-mail. Em 2011, de acordo com a advogada, teve participante que pediu a ajuda de professores que pudessem avaliar a redação com base nos critérios estabelecidos pelo Enem.
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Blog rafaelrag, redação/Focando a Notícia
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