Agricultura orgânica e energia alternativa criam novos modelos de negócio
É possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do
planeta? Um dado alarmante, publicado pela ONG norte-americana Global
Footprint Network, revelou que o ser humano tem consumido mais do que a
capacidade de recomposição da natureza pode suportar. Se o
desenvolvimento econômico é baseado no consumo, cria-se, dessa maneira,
uma espécie de cheque-mate para o futuro do planeta. Como fazer com que
economias mundiais possam crescer e vencer suas crises sem agredir o
planeta? A resposta pode estar no termo economia verde.
O relatório “Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da
Pobreza – Síntese para Tomadores de Decisão”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), define economia verde como aquela que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e promove a igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e a escassez ecológica. Ou seja, uma economia verde prevê baixa emissão de carbono e eficiência no uso de recursos naturais, além de ser socialmente inclusiva.
Pobreza – Síntese para Tomadores de Decisão”, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), define economia verde como aquela que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e promove a igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e a escassez ecológica. Ou seja, uma economia verde prevê baixa emissão de carbono e eficiência no uso de recursos naturais, além de ser socialmente inclusiva.
Luiz Guanaes, diretor do Núcleo Interdisciplinar
de Meio Ambiente da PUC-RJ (Foto: Divulgação)
de Meio Ambiente da PUC-RJ (Foto: Divulgação)
Segundo o relatório do PNUMA, no regime de economia verde, o
crescimento de renda e de emprego deve ser impulsionado por
investimentos públicos e privados, que priorizem a redução das emissões
de carbono e da poluição, aumentando a eficiência energética e o uso de
recursos. Dessa maneira, previnem-se perdas de biodiversidade do
planeta.
O Programa das Nações Unidas alerta que para a transição de uma
economia marrom, que depende excessivamente da energia proveniente dos
combustíveis fósseis, para a verde, que explora os recursos renováveis,
são necessárias determinadas condições facilitadoras. Isso inclui
regulamentos nacionais, políticas, subsídios e incentivos, mercado
internacional e infraestrutura legal e protocolos comerciais e de
apoio. Para Luiz Felipe Guanaes, professor da Pontifícia Universidade
Católica (PUC-RJ) e diretor do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente
da PUC (Unima), a conscientização do consumidor ditará as mudanças nos
modelos econômicos.
“O mercado não é uma coisa fixa, ele vem se transformando desde o
dia em que surgiu e a sua grande força de mudança é o consumidor, com
seus impulsos de compra. A partir do momento em que a sociedade se
conscientizar sobre o problema do meio ambiente, a tendência será a
demanda por produtos ecologicamente corretos. Quanto mais consciente
for o consumidor, mais ele exigirá meios de produção responsáveis em
termos ambientais. Para isso, é preciso adequar o modo de produção
atual”, explica o professor.
Ações em economia verde
Conforme explica Guanaes, a agricultura orgânica é uma alternativa de produção que vem assumindo cada vez mais espaço no incremento da economia verde no Brasil. “Há 25 anos, não havia demanda para esse tipo de produto, sendo que hoje esse mercado movimenta cerca de R$ 5 bilhões. Entretanto, esses produtos ainda sofrem sobretaxa devido à falta de investimento em tecnologia para baratear a produção, ficando mais caros que os tradicionais. Se conseguirmos baratear o preço dos vegetais orgânicos, incluindo também a implementação de cooperativismos mais inteligentes, eles baterão de frente com os tradicionais”, destaca.
O professor cita como exemplo a Alemanha, onde a agricultura orgânica ocupa 40% do mercado de produtos agrícolas. “Lá, há também o conceito do lixo como forma de energia. O incremento do mercado de reciclagem é uma oportunidade fantástica em todo o mundo. Na Alemanha, foi adotada uma rede de economia verde para a agricultura orgânica. A partir do lixo, grandes usinas de compostagem produzem matéria de orgânica que serve de adubo, barateando o cultivo orgânico. Ou seja, uma quantidade de energia que passava a ficar parada nos lixões, comprometendo o meio ambiente, é transformada em energia”, ensina.
No que diz respeito ao aproveitamento de energias renováveis, desde 2004, o Brasil tem investido na criação de parques com aerogeradores (hélices que fazem a captação do vento para geração de energia), que entraram em funcionamento em 2006. Como explica a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, (Abeeólica), Elbia Melo, o país possui um clima propício para esse tipo de geração de energia, que corresponde a 1%, dos 17% provenientes de fontes alternativas, do total da matriz energética do Brasil. “Nós brasileiros começamos a perceber que a nossa produção de energia eólica é muito melhor que nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, pois nossos ventos são melhores, além das condições do clima. Basicamente, empresas brasileiras que investem em produção de energia alternativas optam também pela eólica”, aponta a presidente.
Ações em economia verde
Conforme explica Guanaes, a agricultura orgânica é uma alternativa de produção que vem assumindo cada vez mais espaço no incremento da economia verde no Brasil. “Há 25 anos, não havia demanda para esse tipo de produto, sendo que hoje esse mercado movimenta cerca de R$ 5 bilhões. Entretanto, esses produtos ainda sofrem sobretaxa devido à falta de investimento em tecnologia para baratear a produção, ficando mais caros que os tradicionais. Se conseguirmos baratear o preço dos vegetais orgânicos, incluindo também a implementação de cooperativismos mais inteligentes, eles baterão de frente com os tradicionais”, destaca.
O professor cita como exemplo a Alemanha, onde a agricultura orgânica ocupa 40% do mercado de produtos agrícolas. “Lá, há também o conceito do lixo como forma de energia. O incremento do mercado de reciclagem é uma oportunidade fantástica em todo o mundo. Na Alemanha, foi adotada uma rede de economia verde para a agricultura orgânica. A partir do lixo, grandes usinas de compostagem produzem matéria de orgânica que serve de adubo, barateando o cultivo orgânico. Ou seja, uma quantidade de energia que passava a ficar parada nos lixões, comprometendo o meio ambiente, é transformada em energia”, ensina.
No que diz respeito ao aproveitamento de energias renováveis, desde 2004, o Brasil tem investido na criação de parques com aerogeradores (hélices que fazem a captação do vento para geração de energia), que entraram em funcionamento em 2006. Como explica a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica, (Abeeólica), Elbia Melo, o país possui um clima propício para esse tipo de geração de energia, que corresponde a 1%, dos 17% provenientes de fontes alternativas, do total da matriz energética do Brasil. “Nós brasileiros começamos a perceber que a nossa produção de energia eólica é muito melhor que nos Estados Unidos e na Europa, por exemplo, pois nossos ventos são melhores, além das condições do clima. Basicamente, empresas brasileiras que investem em produção de energia alternativas optam também pela eólica”, aponta a presidente.
Globo.com
Blog rafaelrag
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