Blog do Professor Rafael Rodrigues
UFCG-campus Cuité-PB
Elano Rodrigues/Arquivo Pessoal
Raridade - Jackson no dia do último show, em Brasília
Nos 30 anos de morte, Jackson do Pandeiro é lembrado
Há 30 anos, o "Rei do Ritmo", o paraibano Jackson do Pandeiro, fazia suas últimas sincopadas musicais em um show em Brasília. No aeroporto, em julho de 1982, de volta pra casa, o artista que é influência de grande parte dos músicos nordestinos e mesmo da MPB, sentia os primeiros sintomas de uma embolia pulmonar e cerebral que dias depois calou a voz do artista, intérprete de mais de 70 discos.
De 19 a 26 de agosto, em Alagoa Grande, onde nasceu, acontece a Semana de Arte e Cultura Popular Jackson do Pandeiro. A memória de Jackson também será ressaltada no www.jacksondopandeiro.mus.br. O site será inaugurado oficialmente neste mês. No dia 31, Jackson completaria 93 anos.
Porém, o artista, de certa forma, ainda vive. Seja no bem-cuidado acervo do memorial em homenagem a ele, em Alagoa Grande, pequena cidade no friozinho do "coração" do "Brejo Paraibano". Ou mesmo, nas constantes referências de muitos artistas da nova geração. Um deles é o músico Herbert Lucena, vencedor de três categorias na edição deste ano do Prêmio da Música Brasileira.
A vida bucólica em Alagoa Grande faz imaginar o que seria a cidade há mais de 80 anos. Certamente, bem mais tranquila do que hoje. Naquela época, José Gomes Filho (seu nome de batismo), junto da mãe, Flora Mourão, uma viúva cantadora de coco, vendia cordéis pra sustentar a família.
Jackson saiu de Alagoa aos 11 anos, quando mudou-se para Campina Grande, na mesma região. Anos depois, foi para o Rio, onde se consagrou artisticamente. "Recebemos turistas brasileiros e europeus. Temos artesanato e culinária que vivem desse turismo. A cidade respira Jackson. Naquela lagoa lá embaixo, ele deve ter pescado", diz o promotor cultural Severino Antônio.
Artista preparava viagem à Europa
Viúva de Jackson do Pandeiro, a aposentada Neuza Flores vive em João Pessoa. Ela se lembra de quando o marido morreu. Já não estava no "auge". "Era uma época que já entravam muitas músicas estrangeiras no país", diz.
Mesmo diabético, "na garganta, Jackson não tinha problema", afirma. "Mas a mão estava impossibilitada" (em 1968, ele quebrou os braços, num acidente de carro, no Rio).
Aos 70 anos, Neuza diz que não é muito procurada para falar sobre o ex-marido. Segundo ela, os direitos autorais das mais de 400 músicas estão com sobrinhos, pois ela não era "casada no papel".
"Ele era muito alegre e humilde. Falava de Alagoa Grande, dizia ‘sou filho de lá’". Jackson pretendia fazer uma turnê pela Europa. "Íamos para Roma. No exterior, há muitas pessoas que são fãs. Naquele dia (da morte), eu não fui a Brasília para olhar os passaportes", lembra Neuza, que foi casada com Jackson por 15 anos e não teve filhos.
De 19 a 26 de agosto, em Alagoa Grande, onde nasceu, acontece a Semana de Arte e Cultura Popular Jackson do Pandeiro. A memória de Jackson também será ressaltada no www.jacksondopandeiro.mus.br. O site será inaugurado oficialmente neste mês. No dia 31, Jackson completaria 93 anos.
Porém, o artista, de certa forma, ainda vive. Seja no bem-cuidado acervo do memorial em homenagem a ele, em Alagoa Grande, pequena cidade no friozinho do "coração" do "Brejo Paraibano". Ou mesmo, nas constantes referências de muitos artistas da nova geração. Um deles é o músico Herbert Lucena, vencedor de três categorias na edição deste ano do Prêmio da Música Brasileira.
A vida bucólica em Alagoa Grande faz imaginar o que seria a cidade há mais de 80 anos. Certamente, bem mais tranquila do que hoje. Naquela época, José Gomes Filho (seu nome de batismo), junto da mãe, Flora Mourão, uma viúva cantadora de coco, vendia cordéis pra sustentar a família.
Jackson saiu de Alagoa aos 11 anos, quando mudou-se para Campina Grande, na mesma região. Anos depois, foi para o Rio, onde se consagrou artisticamente. "Recebemos turistas brasileiros e europeus. Temos artesanato e culinária que vivem desse turismo. A cidade respira Jackson. Naquela lagoa lá embaixo, ele deve ter pescado", diz o promotor cultural Severino Antônio.
Artista preparava viagem à Europa
Viúva de Jackson do Pandeiro, a aposentada Neuza Flores vive em João Pessoa. Ela se lembra de quando o marido morreu. Já não estava no "auge". "Era uma época que já entravam muitas músicas estrangeiras no país", diz.
Mesmo diabético, "na garganta, Jackson não tinha problema", afirma. "Mas a mão estava impossibilitada" (em 1968, ele quebrou os braços, num acidente de carro, no Rio).
Aos 70 anos, Neuza diz que não é muito procurada para falar sobre o ex-marido. Segundo ela, os direitos autorais das mais de 400 músicas estão com sobrinhos, pois ela não era "casada no papel".
"Ele era muito alegre e humilde. Falava de Alagoa Grande, dizia ‘sou filho de lá’". Jackson pretendia fazer uma turnê pela Europa. "Íamos para Roma. No exterior, há muitas pessoas que são fãs. Naquele dia (da morte), eu não fui a Brasília para olhar os passaportes", lembra Neuza, que foi casada com Jackson por 15 anos e não teve filhos.
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