terça-feira, 10 de julho de 2012

CIÊNCIA DO MUNDO INVISÍVEL. A BUSCA PELA "PARTÍCULA DE DEUS" CONTINUA

Bóson de Higgs seria responsável por massa dos átomos.

Adendo Blog rafaelrag. Dados foram apresentados pela primeira vez no CERN, na Suíça, em 12 de dezembro de 2011. A busca de novos dados que confirmem a existência do Bóson de Higgs (partícula de Deus) continua no LHC - O grande laboratório colisor de prótons (partícula do núcleo atômico, que pertence a família dos Hadrons), em um túnel de 27km de circunferência.


Os físicos do Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern, na sigla em francês) "encurralaram" a partícula conhecida como “bóson de Higgs” – apelidada de “partícula de Deus”, segundo anúncio feito na quarta-feira (4 de julho), em Genebra, na Suíça. Os pesquisadores ressaltam, no entanto, que não há dados suficientes para se confirmar que ela foi “descoberta”.
O “bóson de Higgs” é uma partícula hipotética que seria a primeira com massa a existir após o Big Bang e responsável pela existência de massa em outras partículas do Universo. Para encontrá-la, os cientistam colidem prótons (que  ficam no núcleo dos átomos) e procuram entre as partículas que surgem desse impacto.
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Dois grupos independentes procuram o Higgs no Grande Colisor de Hádrons, do Cern, na Europa: o Atlas e o CMS. Eles não têm acesso aos dados um do outro e apresentaram seus resultados no mesmo simpósio nesta terça.
A conclusão principal é que os cientistas ainda não acharam o Higgs -- mas, se a partícula existe, eles agora sabem onde procurar.
Antes, é preciso entender uma coisa: os cientistas medem a massa das partículas como se fosse energia. Isso porque toda massa tem uma equivalência em energia. Se você calcula uma, tem o valor das duas. A unidade de medida usada é o gigaelétron-volt, ou "GeV".
Segundo o grupo Atlas, se o Higgs existir, ele tem uma massa entre 116 GeV e 130 GeV. Os dados do CMS mostram uma faixa bem próxima: entre 115 GeV e 127 GeV. Ou seja: é entre partículas nessa faixa de massa que os cientistas vão procurar.
O brasileiro Sérgio Novaes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), que é membro do CMS, sugere cautela na análise dos resultados. "Os dados não são conclusivos, a gente precisa lembrar sempre isso", afirmou ele.
Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)Ilustração de uma colisão entre partículas promovida pelo acelerador LHC. É com experimentos como esse que os cientistas estudam partículas como o bóson de Higgs (Foto: Cern)
Apresentação
O primeiro grupo a falar foi o Atlas, com a italiana Fabíola Gianotti. Segundo ela, os cientistas já excluíram a possibilidade de encontrar o Higgs entre as partículas que têm entre 141 GeV e 476 GeV.
De acordo com a cientista, o grupo conseguiu reduzir a janela de probabilidade onde a partícula deve estar. Dentro dela, a região onde estão partículas com 126 GeV de massa parece ter indícios fortes da presença do Higgs .
Após o Atlas, Guido Tonelli, do CMS, apresentou os dados de sua equipe. Eles encontraram esses indícios mais fortes do Higgs em uma região um pouco abaixo, mas muito próxima: entre 123 GeV e 124 GeV de massa.
Segundo os pesquisadores, hoje há cinco vezes mais dados do que no momento da última conferência, há seis meses.

Modelo Padrão

Os físicos têm uma teoria para explicar as partículas elementares do Universo – aquelas minúsculas que formam tudo que existe. Essa teoria se chama “Modelo Padrão”.
O Modelo Padrão explica tudo que sabemos sobre o comportamento e o surgimento dessas partículas, menos uma coisa: por que elas têm massa? E essa é uma pergunta muito importante. O fato de as partículas terem massa é a razão pela qual qualquer coisa no mundo tem massa: o Sol, os planetas, eu e você.
É aí que entra o bóson de Higgs. Diversos físicos – entre eles um britânico chamado Peter Higgs – descobriram um mecanismo teórico que tornaria possível que as partículas tivessem massa. Esse mecanismo – batizado de “mecanismo de Higgs” – prevê a existência de um “campo” que interage com tudo que existe no Universo. Essa interação faz com que as partículas ganhem massa.
Para esse campo existir, é preciso também existir uma partícula especial e invisível. Os físicos pegaram essa proposta e aplicaram nos cálculos do Modelo Padrão e tudo fez sentido. A partícula invisível foi batizada em homenagem a Higgs.
arte boson (Foto: Arte/G1)
De lá para cá, todas as outras partículas previstas pelo Modelo Padrão foram encontradas, menos essa. Encontrá-la é tão importante que os cientistas construíram na Europa um gigantesco colisor de partículas, conhecido como Grande Colisor de Hádrons, que é a maior máquina já feita pelo homem.
Se, em vez de encontrá-la, os pesquisadores provarem, no entanto, que ela não existe, toda a teoria atual sobre a formação da matéria do Universo vai precisar ser revista.

Blog rafaelrag/Ciência e Tecnologia 

Trinta anos sem Jackson do Pandeiro Cantor e compositor paraibano morreu no dia 10 de julho de 1982, aos 62 anos




Rei do Ritmo foi responsável por sucessos como o coco Sebastiana (Arquivo/On/D.A. Press )
Rei do Ritmo foi responsável por sucessos como o coco Sebastiana
Há exatos 30 anos silenciavam a voz e o instrumento do artista que ganhou o apelido de Rei do Ritmo. Nascido em Alagoa Grande, na Paraíba, Jackson do Pandeiro trocou Campina Grande e João Pessoa pelo Recife, para crescer na carreira artística. No início dos anos 1950, veio a estreia numa rádio pernambucana e o que seria seu primeiro sucesso, o coco Sebastiana (aquele do "A, E, I, O U, Ypisilone"), composto por Rosil Cavalcanti, com quem Jackson montou uma dupla.

Cantor e compositor de forró e samba, e de gêneros musicais relacionados, Jackson compôs baiões, xotes, xaxados, cocos, quadrilhas, marchas, frevos. Ele faleceu no dia 10 de julho de 1982, aos 62 anos, em Brasília, durante excursão que fazia pelo Brasil. Teve embolia pulmonar e cerebral. Jackson era diabético desde os anos 1960.
 
Blog rafaelrag/Diário de Pernambuco

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