O principal sindicato que
representa os professores das universidades federais em greve reuniu-se
nesta quarta-feira (25/07) para avaliar a nova proposta apresentada na
terça (24/07) pelo governo.
O grupo ainda não terminou a análise e as discussões continuaram
durante a noite de ontem, quarta (25/07), mas a tendência era de que a
Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes) rejeite a
proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento. A crítica do
movimento grevista, de acordo com o diretor da Andes, Josevaldo Cunha, é
que o governo manteve a mesma ”essência” da proposta anterior que tinha
sido apresentada no início do mês.
Para o sindicato, a proposta não promove uma reestruturação da
carreira de fato. De amanhã até segunda-feira os professores de cada
instituição deverão discutir a proposta nas assembleias locais.
”O texto mantém a desestruturação da carreira docente,
pois propõe pequenas mudanças relativas à promoção na carreira docente e
às tabelas salariais correspondentes. A expectativa, no entanto, era
que o governo absorvesse as críticas feitas pelo comando nacional de
greve e apresentasse nova proposta que, de fato, atendesse às nossas
reivindicações”, diz informe do comando de greve.
Apesar da avaliação
negativa da Andes, a Federação de Sindicatos de Professores de
Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), entidade que
representa parcela menor da categoria, decidiu hoje que aceita a
proposta do governo. Para a federação, as reivindicações foram atendidas
e a orientação para os sindicatos filiados ao Proifes é para que a
greve seja interrompida.
Na proposta apresentada ontem foram oferecidos reajustes que variam
entre 25% e 40% para todos os docentes – antes alguns níveis da carreira
receberiam apenas 12%, não incluída a inflação do período. Além disso, a
data para entrada em vigor do aumento foi antecipada do segundo
semestre de 2013 para março do ano que vem. O aumento será dado de forma
parcelada até 2015.
O Ministério da Educação (MEC) divulgou nota defendendo que
atendeu às reivindicações principais das representações sindicais e
disponibilizou cerca de R$ 4,2 bilhões para a reestruturação da carreira
docente, ”com o objetivo de valorizar a titulação e dedicação exclusiva”.
A pasta criticou a posição da Andes e disse que ”não há que se falar em
desestruturação de carreira”. Os professores universitários estão em
greve há 70 dias. Dados da Andes apontam que a paralisação atinge 57 das
59 universidades federais.
Agência Brasil
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Ciências e educação
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