A foto acima
mostra a galáxia NGC 2623, que é na verdade um par de galáxias em
processo de formar uma só. O telescópio Hubble fotografou a fase final
dessa titânica fusão de galáxias. Elas estão a cerca de 300 milhões de
anos-luz de nós, na constelação de Câncer. E por que acontecem fusões de
galáxias? No espaço, as galáxias não ficam igualmente espaçadas: elas
se reúnem em grupos ou pequenos aglomerados, unidos pela atração
gravitacional (e governadas por ela).
Nessa dança gravitacional, é comum que
duas galáxias sejam mutuamente atraídas e acabem passando por um
processo de fusão. Essa colisão e fusão demoram milhões ou até bilhões
de anos. No caso da NGC 2623, o encontro violento entre as galáxias
gigantes tem produzido uma região de formação de estrelas perto de um
amplo núcleo luminoso, ao longo das “caudas” vistas na imagem. As
caudas opostas cheias de gás, poeira e jovens aglomerados de estrelas
azuis se estendem por mais de 50.000 anos-luz a partir do núcleo já
mesclado das galáxias.
Provavelmente provocado pela fusão, um
buraco negro supermassivo comanda a atividade na região nuclear. A
formação de estrelas e seu núcleo galáctico ativo fazem da NGC 2623
brilhante em todo o seu espectro. A imagem também mostra galáxias de
fundo ainda mais distantes, espalhadas pelo campo de visão do
Hubble.Galáxia NGC 6240, uma colisão entre duas galáxias ricas em gás
que se fundiram a 330 milhões de anos-luz da Terra, na constelação de
Ofiúco. O fenômeno nos permite ter uma ideia de como a fusão de nossa
galáxia com a galáxia Andrômeda vai parecer para um observador em outro
ponto do universo.
Como a nossa galáxia vai ficar após colisão com Andrômeda
Como a nossa galáxia vai ficar após colisão com Andrômeda
A foto acima, divulgada pela NASA e feita
pela câmera infravermelha do telescópio espacial Spitzer e da luz
visível do telescópio Hubble, mostra a NGC 6240, uma colisão entre duas
galáxias ricas em gás, que se fundiram a 330 milhões de anos-luz da
Terra, na constelação de Ofiúco. A galáxia está passando por intensos
períodos de formação inicial, o que indica que duas galáxias menores
sofreram uma fusão que começou a cerca de 30 milhões de anos atrás, e só
vai terminar daqui algumas centenas de milhões de anos.
O fenômeno em si já é interessante, mas
fica mais fascinante porque nos permite ter uma ideia de como a fusão de
nossa galáxia vai parecer para um observador em outro ponto do
universo. A galáxia Andrômeda está se deslocando constantemente em nossa
direção, e deve nos alcançar em cerca de 5 bilhões de anos. Conforme se
fundir com a Via Láctea, os buracos negros supermassivos que se
encontram no centro de cada uma das galáxias também vão se unir.
O mesmo aconteceu com a NGC 6240. No
centro da galáxia, há dois buracos negros supermassivos que estão a
meros 3.000 anos-luz de distância um do outro. Este é um fenômeno
interessante para os físicos observarem, já que a colisão de buracos
negros deve produzir grandes ondulações no espaço-tempo, chamadas de
ondas gravitacionais. Essas ondas gravitacionais são difíceis de
detectar e figuram no topo da lista de “mais procurados” dos cientistas,
ao lado da matéria escura e da energia escura. Encontrá-las
e compreender suas propriedades pode dar algumas pistas sobre a
formação de buracos negros supermassivos, além de confirmar aspectos
importantes da teoria da relatividade geral de Einstein que descreve
como o espaço-tempo é afetado pela massa.
Passado, presente, futuro
A luz viaja a uma velocidade finita. Isso
significa que, quando observamos o universo, estamos constantemente
observando o passado. Dependendo da distância de certos objetos da
Terra, mais longe no passado nós os observamos. Por exemplo, agora, nós
estamos vendo como o sol era 8 minutos atrás. Alpha Centauri (a estrela
mais próxima do nosso sol) aparece para nós como era mais de 4 anos
atrás. A NGC 6240, por sua vez, é observada na sua forma mais de 400
milhões de anos atrás. Sendo assim, o que aconteceu com a
[NASA]
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