O
vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) apelou, netem sábado (2), que os
paraibanos evitem as programações carnavalescas em mananciais e o
desperdício de água durante os festejos de ‘Momo’. Rômulo lembrou que o
Estado enfrenta a pior seca em décadas e, por isso, não é compreensível o
desperdício de água neste período.
Com mais de 80% dos municípios em estado de emergência, devido a
forte estiagem, o vice-governador afirmou que é necessário uma
conscientização dos gestores municipais, para que os evento oficiais
sejam cancelados, e da população, para que o desperdício seja anulado.
Ele lembrou que a maioria dos reservatórios da Paraíba estão com níveis
preocupantes e que dezenas de cidades só têm água através do
abastecimento feito por carros-pipa.
“Nossos irmãos estão sofrendo com a falta de água. Não há motivo de
fazermos festa, guando não se tem água”, afirmou o vice-governador sobre
tradicionais eventos no interior da Paraíba. Rômulo Gouveia parabenizou
os prefeitos que já suspenderam os eventos e cobrou uma postura
condizente com a realidade das cidades que pretendem realizar festas
durante o carnaval.
O vice-governador revelou que já participo de ‘carnavais molhados’,
festas realizadas em mananciais, mas afirmou que o momento exige uma
conscientização e uma postura diferente do povo paraibano.
A Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba – Aesa –
faz um monitoramento constante dos reservatórios do estado e, mesmo com
o registro de chuvas em algumas cidades, a situação hídrica do Estado
ainda é de alerta .
De acordo com a previsão de irregularidade das chuvas, divulgado pela
Aesa, “tem-se que os eventos de precipitações no inicio do período
chuvoso não serão suficientes para a recuperação satisfatória das
reservas hídricas dos açudes do Estado”.
Diante disto, o gerente Executivo de Monitoramento e Hidrometria da
Aesa, Lucílio José Vieira, aconselha a população a utilizar “a água de
forma racional, justamente para não evitar o colapso no abastecimento,
que pode acontecer em algumas cidades que passam por um período de seca
mais forte”, e ainda não foram afetadas com o colapso.
Do ponto de vista agrícola, o inicio do período chuvoso no semiárido
paraibano não garantirá a regularidade das chuvas, já que existe a
possibilidade de ocorrência de veranicos (curtos períodos sem chuvas) e
que poderá trazer déficits hídricos à manutenção e desenvolvimento de
certas culturas sequeiro. Sendo recomendado o inicio das práticas
agrícolas dentro do quadrimestre mais chuvoso de cada região (semiárido –
fevereiro a maio).
Diante das dificuldades que enfrenta a Paraíba, Rômulo Gouveia disse
esperar contar com a compreensão e colaboração dos paraibanos neste
período de seca.
Assessoria
Blog rafaelrag/focando a notícia
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