segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Entrevista concedida pelo presidente da Anest Eng. Francisco machado, ao jornalista Juliano Rangel que será publicada na edição de março/2013 na revista Proteção


1) REVISTA PROTEÇÃO: Você volta ao comando da ANEST, como você encara esse novo desafio profissional? O que ele representa?
PRESIDENTE: A ANEST foi fundada em 26.11,1984, em Brasília-DF, por mim e mais  27 valorosos engenheiros de segurança do trabalho, sedentos por mudanças na área e no PAÍS. Estou de volta (3° gestão), como 11° presidente da ANEST, para servir à CAUSA, que exige tempo, sacrifício, competência, renúncia, agilidade, qualidade, visão, planejamento estratégico, experiência comprovada, paciência, trabalho duro, ética, transparência, espírito empreendedor, humildade, garra, obstinação, determinação, lealdade e tratar sempre com a verdade, para servir à SOCIEDADE. Os riscos de acidentes e tragédias estão em todo lugar. Onde está o ser humano em labor ou lazer, aí deve estar o engenheiro de segurança do trabalho, estabelecendo PLANOS, PROGRAMAS e  POLÍTICAS, PREVENCIONISTAS, elaborando   Projetos e Avaliações bem como  realizando processos de  Controles, Medições e Fiscalizações, quase sempre em parceria, visando a proteção dos trabalhadores e da sociedade. Essas atividades profissionais devem estar acompanhadas obrigatoriamente da ART-ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA, registrada no CREA, que é a defesa da sociedade. Esse é um belo exemplo. Alguns CONSELHOS PROFISSIONAIS no Brasil e no Mundo querem implementar esse modelo dos CREAs. Isso é AVANÇO. Cabe destacar que temos 2 Entidades CO-IRMÃS, a ANDEST-ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS DOCENTES DOS CURSOS DE EST, bem como a AIEST-ASSOCIAÇÃO IBEROAMERICANA DE EST, constituindo o SISTEMA ANEST/ANDEST/ AIEST, ambas fundadas, respectivamente, em 1988 e 2005, que ajudarão a Engenharia de Segurança do Trabalho no País. Finalizando esses desafios representam para mim responsabilidade à frente dessa nobre missão que é servir a sociedade.


2) REVISTA PROTEÇÃO: Quais são seus projetos para a ANEST nesta nova gestão? Que ações pretende executar?
PRESIDENTE: No âmbito do Ambiente de Trabalho (Ministério do Trabalho, Ministério do Planejamento, MPAS e MS), nossas metas são:  a) Resgatar a força e o prestígio da SST no MTE (nível de SECRETARIA NACIONAL, como no passado); b) Resgatar e fortalecer o prestígio da FUNDACENTRO (já foi na década de 70 e 80 a maior Entidade de Pesquisas em SST no Hemisfério Sul). c) Pleitear e participar das  Reuniões TRIPARTITES do MNISTÉRIO do TRABALHO, MINISTÉRIO DO PLANEMENTO e PREVIDÊNCIA SOCIAL; d) Participar das Convenções da OIT, em Genebra-SUIÇA; e) Integrar os Países de Língua Portuguesa e Hispanica (37 países), no MUNDO, na área de SST ( em conjunto com a AIEST);  f) Resgatar  os Congressos Nacionais de SST (Estímulo à inovação tecnológica), pelo  MTE, com a presença do Presidente da República e dos MINISTROS da área (como no passado) bem como resgatar as COMENDAS da SST (VALORIZAÇÃO PROFISSIONAL); g) Reformular o Capítulo V da CLT em parceria com nossas entidades regionais; h) Reformular o Currículo dos cursos de EST, no Conselho Nacional de Educação/ MEC (apoiando iniciativa da ANDEST). NO ÂMBITO DO SISTEMA PROFISSIONAL CONFEA/ CREAs, nossas metas são: a) Implementar o nosso MARCO REGULATÓRIO DA ENGENHARIA DE  SEGURANÇA (planejamento para os próximos 10 anos),no PAÍS por meio das CÂMARAS ESPECIALIZADAS de engenharia de segurança do trabalho nos CREAs; b) Realizar 2 (DOIS) Congressos Nacionais (Goiânia e São Paulo), em 2013, um no âmbito do Serviço Público (Leis especiais) e o outro voltado para a iniciativa privada, de aperfeiçoamento e inovação tecnológica, com nossos parceiros: ANDEST, AIEST, ANEAM, ANSEAF,INEAPE, OEAA NACIONAL e FÓRUM NACIONAL-FDES.  c) Criar Câmaras especializadas de engenharia de segurança do trabalho em TODOS os CREAs; d) Fortalecer as 21 Associações estaduais vinculadas à ANEST, no País, com realização de cursos de aperfeiçoamento, para valorização profissional e autossustentação financeira das mesmas (tornarem-se independentes); e) Implementar a CERTIFICAÇÃO PROFISSIONAL na engenharia brasileira (Projeto de LEI em conjunto com a ANDEST); NO ÂMBITO DA SOCIEDADE, nossas metas são:  a) Implementar parcerias com a OEAA (ORGANIZAÇÃO NACIONAL PELA VALORIZAÇÃO DA ENGENHARIA E AGRONOMIA),que é ONG/ OSCIP da  Engenharia no Brasil; b) Implementar parceria com a ANEAM (ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ENGENHARIA  AMBIENTAL); c) Implementar parceria com a ANSEAF (ASSOCIAÇÃO NACIONAL de SERVIDORES PÚBLICOS de EAA); d) Participar do FÓRUM NACIONAL-FDES de POLÍTICAS PÚBLICAS E PROJETO DE NAÇÃO, em conjunto com a OAB.

3) REVISTA PROTEÇÃO: Como você vê o crescimento da ANEST? Ela vem ocupando o espaço devido na área de SST?
PRESIDENTE: Farei a avaliação não só da ANEST, que é apenas uma ÁRVORE nessa imensa FLORESTA, que é o BRASIL e o MUNDO. Minha visão é sempre MACRO e ESTRATÉGICA. Estamos num mundo globalizado, exigindo quebra de paradigmas, coragem, mudanças e agilidade nas decisões, com qualidade, pois a sociedade é a guardiã da CONSTITUIÇÃO E da NAÇÃO e também da nossa ÁREA de SST, da qual fazemos parte e que devemos servir. A ANEST nasceu com o DNA da esperança, juventude inovação, realização e mudança. Fundada em 26.11.1984, em Brasília-DF, com o também nascimento das  DIRETAS JÁ e com a implantação da  NOVA REPÚBLICA, no 1° ano de existência, em 27.11.1985, no decorrer do 1° CONEST (CONGRESSO NACIONAL da ANEST), realizado no CONFEA, foi lida a LEI 7410/ 85, que foi proposta por nós engenheiros de segurança do trabalho. A referida Lei que criou e regulamentou a nossa profissão, assim como a dos técnicos de segurança do trabalho, que são nossos parceiros nos ambientes laborais, foi lida no Congresso da ANEST, no exato momento de sua  promulgação pelo Presidente da República, presenciada ao VIVO, pelo DEPUTADO FEDERAL MALULY NETO e pelo GENERAL LUIS FARO (que é engenheiro de segurança), os quais se dirigiram imediatamente ao CONFEA, onde estávamos em REUNIÃO, cerca de 150 profissionais de  todo o PAÍS. Foi um momento histórico e inesquecível. Foram ambos os que viabilizaram a assinatura da LEI que estava trancada e engavetada. Não parou aí. Em 1987/ 88, a ANEST participou da CONSTITUINTE, impedindo que nossa área passasse para o comando do Ministério da SAÚDE, está registrado nos ANAIS da CASA. Fui o SUBSECRETÁRIO NACIONAL da SSMT/ MTE, período 1982 a 1985, bem como SECRETÁRIO NACIONAL INTERINO da SSMT/ MTE, em 1986, o que facilitou as mudanças que empreendi na ÁREA, com PORTARIAS inovadoras, assinadas. A SSMT e FUNDACENTRO eram valorizadas e influentes. A partir da década de 90  tivemos poucos avanços e enormes retrocessos vergonhosos. HOJE não temos mais VOZ (Profissionais legalmente habilitados que fazem e promovem a segurança nos ambientes de trabalho). Os trabalhadores e empregadores têm VOZ.  Iremos mudar esse quadro, com novas estratégias determinadas pelo nosso MARCO REGULATÓRIO (em anexo) da Engenharia de segurança do Trabalho (ANEST, SOBES e CÂMARAS dos CREAs em todo o país aprovaram por unanimidade).
AINDA HÁ ESPERANÇA. MUDAREMOS. O BRASIL MUDARÁ.

Blog rafaelrag com José Leandro

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