Para manter o
organismo hidratado, a reposição de líquido deve ser constante. E a
hidratação pode ser uma grande aliada para queimar aqueles quilinhos
indesejáveis. Quem afirma é o professor-titular de Nutrição da USP
Antonio Herbert Lancha Junior. "Para quem quer emagrecer, a ingestão de
líquido é muito importante porque a quebra da gordura no organismo é
feito por um processo chamado hidrólise (lise=quebra; hidro=água), que
depende diretamente da água. Ao não consumir líquido, limita-se a quebra
de gordura corporal. Hidratar não significa que o organismo vai quebrar
mais gordura do que sua capacidade, mas vai quebrar no seu limite de
competência. Por não se hidratar a quebra ocorre abaixo do seu
potencial", explica.
Ele diz que, ao contrário do que muitos
pensam, a hidratação não é feita somente com a ingestão de água. Todas
as bebidas hidratam, inclusive as que contêm açúcar e/ou carboidrato.
"Quando consumimos um isotônico, por exemplo, estamos ingerindo água,
sal e glicose. A água e o sal ajudam a manter a água no sangue e no
espaço fora das células, enquanto a glicose é importante para manter o
carboidrato dentro do músculo. Então quando você consome um suco ou um
refrigerante, por exemplo, também está hidratando seu corpo, pois a
glicose presente nestas bebidas vai ser incorporada na forma de
glicogênio ao tecido muscular e ajudar a potencializar a hidratação",
afirma.
O Ministério da Saúde recomenda a
ingestão de 1ml de água para cada caloria gasta, o que resulta em média
em 2,5 litros ao dia. Divididos por 12 horas, são aproximadamente 200ml,
ou seja, um copo de líquido por hora. Quando seu gasto calórico
aumenta, pela prática de atividade física, por exemplo, é necessário
compensar, caso contrário seu corpo vai acusar essa baixa quantidade de
água. No caso de lugares com altas temperaturas, em que a perda de água
pelo suor é maior, a necessidade de ingestão de líquido também aumenta.
Como o organismo normalmente produz
muito calor e suor, a tendência é ficar pouco hidratado, por isso a
necessidade do consumo frequente de líquidos. O consumo de sal também
influencia. "Ao consumir alimentos com muito sal, forçosamente o
organismo aumenta a demanda por água. Esta combinação resulta em
transitória retenção hídrica que melhora com o fluxo de líquidos
ingeridos", explica.
Outro fator que pede atenção é o clima
seco, especialmente durante o outono e o inverno, pois influencia
principalmente as mucosas do organismo, que têm em sua composição 80% de
água. O ambiente climatizado também resseca o nosso corpo, por isso
aqueles que passam o dia em local com ar condicionado devem consumir
bastante líquido. "No estado pouco hidratado, a mucosa tem sua espessura
diminuída e com isso ficamos mais vulneráveis a todos os tipos de
infecção propagados pelo ar. Se alguma bactéria ou vírus conseguir
atravessar a membrana, por causa da fragilidade da mucosa, são grandes
as chances do indivíduo desenvolver uma doença. O funcionamento do
sistema imunológico também é afetado, deixando nosso organismo mais
vulnerável a infecções oportunistas como, por exemplo, gripes e
resfriados", alerta. compromete também.
O grande erro cometido pela maioria das
pessoas é esperar sentir sede pra beber líquido, quando, na verdade,
esse momento pode já ser tarde demais. "O primeiro sinal de alerta
normalmente passa despercebido e pode iniciar com um simples
ressecamento da mucosa, mas é fraco e dura pouco. O consumo mínimo
suficiente para molhar a boca reduz esse sinal. Hidratação é muito mais
do que simplesmente tomar um copo d'água, a reposição deve ser
permanente", finaliza.
Com Itodas
Blog rafaelrag com Nortest1
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