Parece que é só discurso – Audiência da ação que pede reintegração de posse de parte das terras onde está construído o aeroporto regional de Cajazeiras foi realizada na terça-feira, 15 de abril, e ninguém do governo se interessou em resolver o impasse
Adjamilton Pereira
Na sexta-feira (11 de abril), os cajazeirenses e sertanejos se alegraram diante da perspectiva de que, finalmente, o aeroporto regional de Cajazeiras teria suas obras complementares aceleradas e o processo de homologação concluído de forma positiva, além da concretização do balizamento noturno, tudo isso motivado pela visita a cidade do Secretário Nacional de Aeroportos, Nelson Negreiros, que se fazia acompanhar pelo Secretário de Estado Carlos Antonio e o Diretor de Operações do DER – Antonio Fleming, todos com um discurso otimista no sentido de solucionar as pendências existentes em um prazo de 60 dias, já que esta era, no dizer das autoridades que visitaram o aeroporto, o compromisso do governador Ricardo Coutinho.
O grande problema na estrutura burocrática dos governos é o distanciamento do discurso para a prática, somados ao fato de que ninguém chama o feito a ordem para acompanhar de perto o desenrolar do encaminhamento das soluções para os problemas.
No governo estadual, todos sabem que existe um impasse com relação a uma invasão de terras particulares, quando da execução da pista de acesso ao aeroporto, coisa simples de ser resolvida pelo estado, que recebeu de presente a maioria das terras onde a obra foi construída, já que foram utilizados, sem o devido pagamento, cerca de nove mil metros quadrados do cidadão Glauco Leite da Costa, de uma área total que ele possui de 22 tarefas e meia, que também foi afetada, já que o asfalto foi construído no meio da pequena gleba de terra.
Essa pendência está na justiça, mais precisamente na 4ª vara da comarca de Cajazeiras, onde o proprietário da área invadida pleiteia uma reintegração de posse e, na terça-feira (15 de abril), aconteceu uma audiência de instrução e julgamento, sem que ninguém do governo demonstrasse o mínimo interesse em resolver o impasse, propondo um acordo para por fim a demanda.
Se realmente o governo quer o aeroporto homologado, precisa resolver a pendência relativa à titularidade da propriedade onde o mesmo está construído e, se não está disposto a fazer de forma amigável, que desaproprie o imóvel, o que não pode é reacender a esperança dos sertanejos com discurso e, na prática, nada fazer.
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