sábado, 9 de novembro de 2013

Artigo - A universalização do ensino dos cartões de crédito

Wagner Braga Batista
 
 
O alcance e a intensidade do bombardeio dos meios de comunicação transformaram Coxixola num inconteste e atualissimo Vietnã.
 
Para quem desconhece o fato, durante duas décadas, os heróis da defesa da democracia, da liberdade e do mundo ocidental lançaram mais bombas nesta peninsula do que durante toda a II Guerra Mundial.
 
Portanto, todos nós e a pequena população de 1800 habitantes, de Coxixola, estamos ameaçados. Este novo e intenso bombardeio é deflagrado por ondas no ar e fibras óticas. Por meio de sinais, pouco compreensiveis,  lança estilhaços em nossa massa cefálica, entorpece nossas sentidos e afeta o uso da razão.
 
Este fulminante e contínuo ataque devasta a sensibilidade humana. Aqui e alhures. Não há mais redutos inexpugnáveis, resguardados deste fogo, supostamente amigo, em prol da liberdade de expressão.
 
Sem distinção de credo religiosa, de convição política, etnia, a midia nos iguala. Não faz  distinções, emburrece-nos, democraticamente.
 
A  midia transformou-se no filtro da realidade. Por meio da administração de doses cavalares de asneiras, aumentadas nas tardes de domingo, desabilita-nos para o discernimento, o  exercicio da consciência e a emissão de opiniões, que não reproduzam suas verdades recorrentes..
 
No entanto, alguns eduproxenetas asseveram que a televisão comercial é educativa:  ensina a vender, prostituir e fazer negócios.  Portanto desenvolve aptidões, cria competências e qualifica para a prática da sanacagem.
 
Cientes de suas potencialidades, alguns canais de TV, desenvolvem novas campanhas propomocionais e educativas para bonificar a estupidez de seus expectatores. 
 
Após três meses de audiência, oferecem certificados de habilitação para a insanidade. Outros canais concorrentes, promovem vestibulares agendados e personalizados. Esta receita administrada por instituições  privadas concedem o irrecorrivel direito de acesso ao ensino superior. Graças à compra de titulos de sócios proprietarios de vagas em estacionamento, de clientes de sanitários, de frequentares de lojas de conveniência e de vazias cadeiras cativas em salas de aula, cartões de crédito já podem se graduar, à vista e a prazo.
 
Um novo programa de governo extende o acesso ao ensino superior. Consoante com a perspectiva de democratização do ensino pago e a universalização do comércio educacional, realiza uma experiência inovadora. Depois do ensino on line, desenvolve bem sucedido metódo de ensino out line.
 
Com o aval de emeritos eduproxenetas, anuncia para todo Brasil a efetivação do direito de ensino aos cartões de crédito.
 
O êxito das recentes políticas educacionais, que proporcionaram cobertura de matrículas no ensino fundamental e democratizaram a compra de vagas em garagens do ensino superior, agora asseguram a ampliação de seu espectro de beneficiários. Por meio de financiamento público confere aos cartões de crédito a possibilidade de transpor a ociosidade, a inadimplencia e a evasão no ensino privado.
 
O ensino out line, dentro dos paradigmas e padrões vigentes,  supera às expectativas dos donos de franquias e das proficientes estatísticas governamentais, que não ficam a dever às precedentes.
 
A depender da dinâmica do curso on line podem acelerar sua formação e receber diplomas com antecedência. Deste modo, os cartões de crédito tornam-se proficientes profissionais do mercado financeiro e quiça, do proprio comércio educacional.
 
Tudo nos conformes, dentro das leis da coalizão, dos contratos lockeanos e da licenciosidade dos  costumes.
 
Os meios de comunicação e da educação banalizada se esmiuem. Instituem a cultura fast food, de pronta entrega, devidamente certificada por organismos responsáveis por manter a regularidade, os fluxos e a opacidade do mercado educacional.
 
A regulação do ensino privado, pode ser celebrada por meio de acordos entre partes não litigantes, honoráveis donos do poder público e negociantes do ensino privado. Os donos de coalizões  de interesses coincidentes concedem franquias de financiamento público e o direito de meter a mão no bolso estudantes carentes, porém sem  haver brigas de facas.  A recomendação dos donos do poder, é que  lesões à educação devem ser praticadas num clima de respeito e de concórdia,  que não os comine estatisticas fraudulentas. .
 
A partir daí, o ensino out line estabelecerá a feliz homologia entre familias de baixa renda, agraciadas com a graduação de seus primeiros recentos, e multimilionárias agencias financeiras do ensino privado, favorecidas com a brilhante  performance e diplomação de seus primeiros cartões de crédito.
 
Blog rafaelrag com o portal da UFCG

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