Quem entra na área de
acidentados do Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga
Fernandes, em Campina Grande, inevitavelmente se assusta. Os leitos
estão sempre ocupados com pacientes vítimas de acidentes de motos. Em
cada cama, uma história de dor, um relato dramático. Pacientes
amputados, tomando soro, aguardando cirurgia e, na sua grande maioria,
com braço ou pernas engessados. Muitos deles nunca mais serão os mesmos.
As sequelas ficarão para sempre. Na Paraíba, os acidentes de motos
transformam pessoas sadias e cheias de vida em um exército de mutilados.
O agricultor Elvis Serafim dos Santos, 24 anos, morador do bairro de
Nova Brasília, em Sapé, teve sua vida marcada para sempre depois que se
envolveu em um acidente com o chamado transporte de duas rodas. Ele
trafegava pela BR-104 quando se deparou com um caminhão que seguia no
sentido contrário. O choque foi inevitável.
Com o impacto, Elvis foi arremeçado para cima e caiu em coma no
asfalto. Internado há 37 dias no Hospital de Trauma, ele não se lembra
do acidente. Deitado no leito, ele olha em volta com extrema dificuldade
para falar e contempla um cenário que remete a uma guerra.
São homens e mulheres, sobretudo jovens, com lacerações, amputações,
fixadores de aço e fêmures fraturados. É absolutamente comum entrar em
enfermarias ocupadas só por acidentados de motos.
A nova epidemia tem devastado uma geração. No novo Nordeste,
impulsionado pelo crescimento econômico que fortaleceu as classes C e D,
não são mais as doenças do subdesenvolvimento, nem a violência, que
preocupam médicos e gestores de hospitais. “É, sem dúvida, uma epidemia
incontrolável”, define o médico Geraldo Medeiros, diretor do Hospital de
Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes.
As vítimas do chamado “transporte da morte” carregam um trauma para a
vida toda. As lembranças de Marcionildo Cavalcante de Sousa, morador de
Jurú, no Sertão paraibano, ainda estão vivas. Ele volta no passado e
lembra do fatídico 10 de março de 2013 em que estava em uma moto e
passou a aumentar as fileiras do exército de amputados na Paraíba,
vítimas de acidentes de motos. No dia do acidente, ele não tinha noção
do perigo que seria andar neste tipo de máquina. Só queria cumprir a sua
obrigação e não percebeu o risco que estava correndo.
Sequer reagiu ao acidente. Só viu o clarão. Quando acordou no
Hospital de Trauma viu a perna esquerda enfaixada. Tentou juntar pedaços
da sua lembrança, como um quebra-cabeça faltando várias peças. Sentia o
incômodo e um pouco de dor na perna. No mais, tudo parecia bem, até o
médico entrar na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Marcionildo não
conseguia acreditar no que acabava de ouvir. “Nem imaginava que iria
passar cerca de três meses internado. Por pouco não tive que amputar a
perna”, conta.
Aos 18 anos, o agricultor é o retrato desse novo cenário que
transforma as estradas paraibanas em corredores da morte ou fábrica de
amputados. Sem habilitação e com a moto com o licenciamento atrasado,
Marcionildo foi vítima da imprudência e desrespeito à própria vida.
Ele seguia por uma estrada de terra quando ao chegar em uma curva se
viu de frente com outra moto em alta velocidade. O condutor estava
embriago e havia brigado com a namorada. Os dois colidiram frontalmente.
O causador do acidente, que estava com o capacete na mão, morreu na
hora. Marcionildo sobreviveu para contar a história. Ele está há 37 dias
internado no Trauma e aguarda uma nova cirurgia. “A primeira cirurgia
deu rejeição na placa. Voltei para o hospital para continuar o
sofrimento” ,contou ele ao PBAgora.
As estatísticas assustam e crescem a cada dia, principalmente nos
finais de semana. Em boa parte dos casos, a bebida álcolica é a
causadora do acidente. O Hospital de Trauma de Campina Grande atende, em
média, 700 pessoas por mês vítimas de acidentes de motos. Pelo menos
metade dos mototaxistas vem das cidades vizinhas, onde a maioria não usa
o capacete.
O vendedor Francisco de Assis perdeu a perna em um grave acidente no
Sertão do Estado. Em cinco anos, mais de 30 mil pessoas foram atendidas
no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande. Somente este ano,
entre janeiro e outubro, foram mais de 7.186 atendimentos a vítimas do
transporte de duas rodas, contra 7.823 registrados durante todo o ano de
2012.
Esse fenômeno social fatal também se reflete no Hospital de Trauma de
João Pessoa. Nos finais de semana, a unidade também se transforma em um
campo de guerra. Os acidentados disputam espaço nos leitos e a
preferência para se submeter às cirurgias. O diretor Edvan Benevides
revela que o crescimento desse tipo de acidente é assustador,
principalmente porque muitos jovens têm a vida interrompida em cima
deste tipo de veículo. Em cinco anos, mais de 25 mil pessoas deram
entrada no Trauma vítimas se acidentes de motos, sendo 6 mil somente
este ano.
O impacto social do exército de mutilados Entre
a vida e a morte, o impacto social para uma acidentado de moto é
elevado. Segundo o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, o
tratamento com cada pessoa vítima de acidentes de motos pode chegar até
R$ 900 mil por mês. O gasto ultrapassa os R$ 8 milhões por ano. Além da
quantidade, o que também compromete o funcionamento da saúde pública é o
grave quadro desses acidentados – quase sempre politraumatizados e
infectados.
O custo é alto. A média é de R$ 1,3 mil por dia para cada paciente no
leito. Um fixador custa R$ 4 mil. De acordo com o diretor técnico da
unidade, Flawber Cruz, as despesas com órteses e próteses do Dom Luiz
passou de R$ 22 mil para quase R$ 80 mil. “Os acidentes de moto
geralmente provocam nas vítimas sequelas graves, já que o trauma
geralmente atinge o corpo todo, desde o crânio até os órgãos inferiores.
Isso inspira, portanto, maior tempo de internação e maiores cuidados”,
explicou. Dependendo do acidente, o paciente pode custar de R$ 200 mil
até R$ 900 mil, desde a internação até a reabilitação.
O alto número de pacientes atendidos no Hospital de Trauma Dom Luiz
Gonzaga Fernandes, envolvendo acidentes com condutores de motocicletas
tem sido a principal causa do atraso para a realização de procedimentos
considerados de alta complexidade no setor de ortopedia do hospital.
Pela gravidade dos acidentes, muitas pessoas acabam esperando até
mais de uma semana por cirurgia, já que elas precisam utilizar próteses
(membros ou próteses articulares) que demoram a ser entregues devido à
dificuldade do hospital em receber os aparelhos dos fornecedores. As
peças vêm de Alagoas, Recife, João Pessoa e também são adquiridas em
Campina Grande.
De acordo com a direção do Hospital de Trauma, só este ano, entre os
meses de janeiro e agosto, foram realizadas 2.618 cirurgias de ortopedia
a partir de acidentes com motocicleta. No mesmo período do ano passado,
os procedimentos cirúrgicos chegaram a 2.567.
Segundo o diretor do Trauma, Geraldo Medeiros, até 40% desses
procedimentos cirúrgicos são de pacientes que precisam de próteses, mas
pelo alto custo dos equipamentos e a dificuldade dos fornecedores em
entregar as peças dentro de um curto prazo, as cirurgias acabam
atrasando. Ainda segundo o diretor, os pacientes vítimas desses traumas
são candidatos mais fortes à invalidez. “É preocupante, pois são jovens
que poderiam estar ingressando no mercado de trabalho e que, por causa
das sequelas, são impedidos”. Ele pontua como as principais causas do
aumento gradual de acidentes de moto em Campina Grande o aumento de
motocicletas na cidade, principalmente do tipo cinquentinha; a mistura
de álcool e direção, favorecida pela fragilidade da Lei Seca e a
imprudência dos condutores.
O diretor do Hospital, Geraldo Medeiros, ressalta que, por ano, o
Estado gasta mais de R$ 8 milhões para custear o tratamento dos
acidentados com motos. O impacto social é inevitável. Segundo informou
Geraldo Medeiros, os finais de semana são os dias mais terríveis no
Hospital. “Nos sábados e domingos os acidentes de motos superlotam o
hospital e torna difícil o gerenciamento da unidade hospitalar”, afirma.
Segundo ele, por conta da “avalanche” de acidentes, os pacientes passam
a esperar alguns dias pela cirurgia, por conta da grande quantidade de
fraturas complexas.
Ele observa que o dinheiro deveria ser direcionado para outros
tratamentos. Não é só o custeio mas o número de jovens sequelados para o
resto da vida. O doutor Darso, fisioterapeuta da Clinica Escola da
UEPB, conta que os pacientes que se submentem ao tratamento devido a
acidentes de motos levam meses para se recuperar. Na clínica escola da
UEPB, todos os meses, a fila aumenta. “É uma realidade preocupante” diz o
especialista.
ALÇA SUDOESTE: o corredor da morte de Campina
Era tarde de domingo. A Alça Sudoeste, um dos trechos mais perigosos
da BR-230 que corta Campina Grande, estava deserta. Edilma da Silva, 38
anos, seguia na garupa da moto conduzida pelo namorado. Em um dos
trechos da pista, o condutor tentou desviar de um carro e bateu em outro
que vinha no sentido contrário. Edilma quebrou o pé. Passou 30 dias no
trauma esperando pela cirurgia.
A via é uma das campeãs em acidentes de motos. Durante os finais de
semana, entre o horário de 18h da sexta-feira às 7h da segunda-feira, há
maior número de vítimas destes acidentes, chegando a ser registrados de
80 a 100 atendimentos. Centro, Liberdade, Catolé e, principalmente, a
Avenida Floriano Peixoto são os locais de maior número de acidentes,
sendo considerados verdadeiros corredores da morte.
O extermínio da arma de duas rodas Luto,
dor e sofrimento. No interior paraibano é comum famílias perderem
parentes devido aos acidentes de moto. Este ano, dois jovens enlutaram
Lagoa Seca, no Agreste paraibano. A primeira tragédia aconteceu na noite
do dia 23 de março, na BR-104, próximo a ponte do Rio Quicé, no trecho
que liga os municípios de Lagoa Seca e São Sebastião de Lagoa de Roça,
quando o estudante Guilherme Régis, de 17 anos, seguia em sua
motocicleta em alta velocidade, perdeu o controle do veículo e acabou
caindo.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a vítima retornava
de Lagoa de Roça com destino ao Sítio Alvinho, onde residia com seus
familiares. Guilherme ainda foi socorrido para o hospital, mas com o
quadro clínico muito grave e com coágulos no cérebro, não resistiu aos
ferimentos e faleceu três dias depois. Já o segundo acidente ocorreu na
noite do dia seguinte, na rodovia estadual PB-097, próximo ao Distrito
de Floriano, em Lagoa Seca. A jovem Alana da Silva, de 18 anos, moradora
do Centro da cidade, retornava de um aniversário na companhia de seu
namorado, o jovem Tiago Sousa, de 17 anos, morador de Lagoa de Roça,
quando em uma curva, perderam o controle do veículo. A jovem faleceu na
hora.
As mortes em veículos de duas rodas chegam a 36% nas BRs paraibanas,
segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF). De mãos atadas, as
autoridades da Paraíba assistem ao extermínio diário de pessoas
saudáveis, quase sempre no auge da vida produtiva, conforme relatou ao
PBAgora o médico ortopetista Crismarques Rodrigues, que tem uma clínica
particular e trabalha no Hospital de Emergência e Trauma. Com 20 anos de
profissão, o médico já perdeu a conta das cirurgias que realizou em
pessoas vítimas de acidente de motos. Ele garante que a moto é o
transporte que mais mutila pessoas. Quando não mata, deixa sequelas para
sempre.
De acordo com um levantamento da PRF, nos últimos cinco anos os
acidentes com veículos motorizados de duas rodas (motocicletas,
motonetas e ciclomotores), nas rodovias federais que cortam o Estado da
Paraíba tomaram proporções inaceitáveis.
Os acidentes envolvendo motos foram responsáveis por 22,16% do total
de ocorrências, entre os períodos de 2007 a 2013, com quase 300 mortos.
De acordo com as estatísticas, as principais causas de acidentes de
motos são a imprudência e a ingestão de bebida alcoólicas, a maioria
jovens com idade entre 18 a 29 anos.A era dos cavalos de motores invade o interior do Estado Paraíba Barato
e rápido, ainda que perigoso, o transporte sobre duas rodas conquistou
brasileiros na região Nordeste e, particularmente, na Paraíba, onde há
mais residências com motos do que com carros, segundo a Pnad (Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios) 2012.
No novo Nordeste que anda sob duas rodas, falta de tudo quando o
assunto é moto. De acordo com o estudo, uma em cada quatro residências
dessas áreas contam com motos. No Sudeste, essa proporção é de uma para
quase sete domicílios. No Nordeste, casas com moto já equivalem às com
máquina de lavar.
Em todas as regiões da Paraíba, jumentos são trocados por motos para
tocar gado. Para se ter ideia da penetração desses veículos de duas
rodas, no Nordeste há tantos lares com motos na garagem quanto com
máquinas de lavar roupa na área de serviço. José Roberto, 38 anos,
morador do sítio Camará, zona rural de Remígio, não sabe mais viver sem
moto. Erivelton Expedito Alves Araújo, morador de Esperança, ignora o
perigo. Quando conversou com o PBAgora ele estava com três pessoas em
cima da moto, sem capacete, inclusive, com uma criança de 4 anos na
garupa. Ele já possuiu 10 motos.
Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), entre julho
de 2012 e julho de 2013, o número de motocicletas cresceu 12% no
Nordeste, sendo que a Paraíba foi o principal responsável pelo aumento
do percentual. Esse boom é produto da equação entre baixo desemprego,
políticas de transferências de renda, boa oferta de crédito e transporte
público de baixa qualidade. “As políticas de inclusão por meio do
consumo, em especial em uma região de transporte público inexistente ou
de baixa qualidade, facilitou o aumento do número de motos”, afirma o
economista e professor da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Geraldo Medeiros.
Na Paraíba, por exemplo, que concentra mais de 350 mil motos, uma das
maiores frotas do Nordeste, um trabalhador que utilize apenas duas
conduções diárias tem gasto mensal de cerca de R$ 100.Não é difícil
imaginar a troca desse investimento por parcelas do mesmo valor para a
aquisição de um modelo simples de moto que permita transporte individual
ágil. “Além de agricultores e vaqueiros, mulheres no interior estão
adquirindo e conduzindo motos”, diz o diretor do Detran (Departamento
Estadual de Trânsito) da Paraíba.
De acordo com o comandante, as maiores irregularidades registradas
nas cidades do interior paraibano são o não uso do capacete, o
licenciamento atrasado e a falta de habilitação. Um exemplo é Maria
Aparecida, 29 anos, flagrada pelo PBAgora pilotando uma moto em
Esperança, no Brejo do Estado, sem capacete e com uma criança na garupa.
No
Estado, em 200 dos 223 municípios há mais motos do que automóveis. “Em
um ambiente no qual o carro é caro para a maioria da população e o
transporte público é precário, um veículo rápido e econômico se torna
uma alternativa lógica e atraente”, diz o psicólogo Edmundo
Gaudêncio.”Isso torna o Nordeste o principal mercado para a indústria de
motos”, completou. Para ele, o incentivo do governo federal a essa
alternativa de locomoção se deu de forma irresponsável. “As pessoas não
são alertadas sobre perigos e vulnerabilidades do motociclista. É
hipocrisia dizer que a moto vai libertar os pobres. Só se for para
mandá-los mais cedo para o céu”, diz.
O transporte sob duas rodas chegou fortemente na zona rural
paraibana. Nas cidades paraibanas é difícil não ver uma pessoa em uma
moto. E fazem de tudo com ela. O veículo, que chegou ao interior da
Paraíba como redenção, mudou a rotina do homem simples da roça e
facilitou a vida de muita gente. Aos olhos do homem do campo, a moto
virou necessidade. Um meio de transporte rápido, equipamento auxiliar a
pecuária e, claro, fonte de renda.
Os cavalos de motores mudaram a realidade no interior paraibano. Um
fenômeno social que tem um preço alto. O sinal dos novos tempos está
escrito no chão, riscado na terra, nos estreitos caminhos que interligam
fazendas e sítios. Entre pegadas de bois e vacas, marcas de pneus
redesenham a imagem das zonas rurais paraibanas. Saem os jegues,
pangarés e cavalos de raça e entram os cavalos dos motores das
motocicletas, mais rápidos e econômicos que os concorrentes de carne e
osso. Uma mudança de cultura impulsionada pelos novos tempos. A moto é o
veículo que mais se adequa ao bolso e aos caminhos percorridos pelos
cavaleiros modernos.
A engenheira Valéria Barros, assessora técnica da Universidade
Federal de Campina Grande (UFCG), conta que vários fatores explicam a
paixão dos brasileiros, especialmente dos paraibanos, por motos. O
espírito de aventura e as facilidades para adquirir o veículo
impulsionam a população a adquirir o transporte. Um território sem lei
nas cidades interioranas. No novo Nordeste que anda sob duas rodas
falta de tudo quando o assunto é moto. Leis, respeito à vida e ordem. No
interior paraibano é possível constatar a circulação de duas ou três
pessoas, sem o acessório de segurança, em uma única moto. Apesar do alto
índice de acidente de trânsito com motocicletas, os motociclistas
continuam expondo suas vidas, de suas mulheres, namoradas e filhos
circulando sem capacete. Nas ruas e avenidas, e estradas que levam aos
sítios e povoados, a cada instante passam motociclistas sem capacetes,
alguns levando crianças e idosos na carona. As motos que disputam espaço
com os pedestres e carros circulam irregularmente A frota cresce a cada ano Se
a geografia da expansão da frota de motocicletas no Nordeste pudesse
ser resumida em uma palavra, ela seria interiorização. A interiorização
do transporte na região é uma realidade sem volta. Símbolo dos novos
tempos, o veículo se tornou objeto indispensável de milhares de pessoas.
A frota paraibana de carros cresceu 246% de 2000 a fevereiro de 2013,
de acordo com o último relatório divulgado pelo Detran. São 902.201
veículos registrados em toda a Paraíba até este ano. Em 2000 a frota era
de 257.279.
Com relação às motos, o aumento foi ainda maior, de 638%. Eram 51.962
motocicletas e atualmente são 389.438, o que representa 43% da frota
total do estado. Considerando apenas o número de motocicletas, a
evolução da frota aponta um crescimento de 638% em 13 anos. No ano 2000,
eram 51.962 motocicletas e atualmente são 389.438. As motocicletas já
representam 43% da frota paraibana. Ao considerar somente as
motocicletas, a evolução da frota aponta um crescimento de 629% em João
Pessoa e 377% em Campina Grande.
Mesmo assim, a maioria dos veículos está mesmo no interior. Dos mais
de 380 mil veículos registrados pelo Detran, pouco mais de 90.571 estão
na Capital e 61.068 em Campina Grande. As demais estão nos sítios, roças
e fazendas, mudando a forma de trabalhar do homem do campo. O problema
ganhou contornos assustadores com o recente crescimento econômico, que
aumentou o poder de consumo de parte significativa da população, mas
atropelou etapas fundamentais de qualquer processo de desenvolvimento.
De acordo com a engenheira em trânsito, Valéria Barros, a estrutura
social – educação, trânsito, transporte e saúde – entrou em colapso com a
onda desenfreada de consumo de motos e motonetas.
Blog rafaelrag/focando a notícia com Severino Lopes do PBAgora
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