Pesquisador afirma que a história de Cristo foi inventada pelo Império Romano para conter os ânimos dos povos sob seu domínio
Eis uma notícia que vai causar muita, muita polêmica mundo afora. De acordo com o The Independent, o controverso historiador norte-americano Joseph Atwill deve apresentar no dia 19 de outubro em Londres uma descoberta que provaria que a história de Jesus foi inventada pelos antigos romanos como forma de exercer controle mental sobre a população.
Segundo a notícia, Atwill apresentará sua hipótese durante uma conferência no próximo sábado, na qual alega que o cristianismo não começou como uma religião, mas que foi criado como um sofisticado sistema de propaganda desenvolvido pelo Império Romano para conter os ânimos dos povos sob seu domínio. Para o historiador, o Novo Testamento foi redigido pela aristocracia romana no século I, que teria “fabricado” o personagem de Cristo.
“Baseado em uma história real”
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
O pesquisador teria feito a sua descoberta enquanto comparava o Novo Testamento com o livro “A Guerra dos Judeus”, de Flávio Josefo, o único relato histórico em primeira pessoa que ainda resta sobre a vida na Judeia do século I. Conforme explicou, a história de Jesus foi construída com base na biografia de um imperador romano, mais especificamente na vida de Tito Flávio.
Atwill afirma ter identificado diversos paralelos entre os dois textos, e aponta como principal evidência a semelhança entre a sequência de eventos e locais percorridos por Jesus e a sequência descrita por Josefo em seu livro sobre a campanha militar do imperador romano.
Motivação romana
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
O historiador conta que na Palestina do século I existiam diversas facções judaicas que aguardavam a chegada de um “messias guerreiro”, representando um constante risco de insurreição. Isso, evidentemente, era encarado como um grande problema pelo Império Romano.
Depois de tentar resolver a questão de outras formas, os romanos partiram para a guerra psicológica, freando a disseminação das atividades missionárias exercidas pelos judeus com a criação de um novo sistema. Assim, o Império teria criado a ideia de um “messias pacífico” com o objetivo de guiar o comportamento da população. O novo personagem, em vez de motivar a guerra, “oferecia a outra face”, além de incentivar os judeus a pagarem seus impostos a Roma, “dando a César o que é de César”.
Atwill alerta que, embora a religião sirva para confortar os seguidores de todo o mundo, ela também é um grande mecanismo repressor, uma forma de controle mental que, ao longo da História, levou à obediência e à servidão, assim como à pobreza e à guerra. Por outro lado, a hipótese de Atwill não deixa de ser mais uma teoria da conspiração contra a Bíblia, como muitas outras que existem por aí.
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