segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Pesquisa da UFPB testa eficácia de ultrassom para gordura localizada



Avaliação vai apontar se equipamentos brasileiros seguem padrão internacional

Projeto de pesquisa desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) estuda os efeitos do Ultrassom Focalizado de Alta Intensidade (USFAI) para gordura localizada, principalmente na região do abdômen, em mulheres com sobrepeso.

O estudo é coordenado pela professora Palloma Andrade, do Departamento de Fisioterapia, no Centro de Ciências da Saúde (CCS), em João Pessoa. Ela conta que a pesquisa tem como objetivo ampliar o conhecimento científico sobre os equipamentos para emagrecimento, testando, especificamente, o maquinário brasileiro.

Mulheres que desejam reduzir gordura do abdômen podem participar como voluntárias. Foto: Google/Reprodução

“A gente tem alguns estudos internacionais que mostram o ultrassom de alta potência como efetivo. Mas estamos testando, agora, a tecnologia brasileira, a fim de avaliar nossos equipamentos seguem o mesmo padrão”.

Segundo a pesquisadora, após os testes, o próximo passo será variar protocolos. “Estamos fazendo só com uma amostra muito restrita da categoria “jovem” e com protocolo definido, de uma intensidade única. Depois, queremos fazer testes com diferentes protocolos para dar um direcionamento para os fisioterapeutas sobre qual a melhor forma de utilizar o equipamento”, esclarece.

De acordo com a aluna de Biotecnologia e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (Pibic) Mariana Mendonça Soares, durante o tratamento, a voluntária receberá uma sessão de ultrassom, coordenada por uma equipe de fisioterapia.

“Esse recurso provocará, a partir do aumento da temperatura, a lipólise (destruição das células de gordura), resultando no processo de redução da gordura localizada”, explica a estudante.

O atendimento também envolverá avaliação e reavaliação, duas coletas de sangue e de urina - uma antes da sessão e uma após um tempo da consulta. Vinicius Guzzonim, professor do Centro de Biotecnologia (CBiotec) da UFPB, colaborador da pesquisa e orientador da bolsista, é responsável pelas coletas.

A recolha de informações sanguíneas, realizada com a ajuda de uma enfermeira, tem o intuito de verificar se a aplicação do equipamento oferece riscos à saúde das pessoas. A Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), colaboradora da pesquisa, é responsável pelos testes.

Inscrições abertas para voluntárias

A equipe do projeto está selecionando voluntárias para participarem da pesquisa. As inscrições seguem até completar o número necessário para o estudo, que é de 24 pessoas. Até o momento, foram recrutadas 17 mulheres.

Os critérios para se candidatar são: mulheres na faixa etária de 20 a 40 anos, sedentárias, com sobrepeso (IMC entre 25kg/m² a 30kg/m² e saudáveis (não possuir esteatose hepática, insuficiência renal ou hepática).

Para realizar a inscrição, as interessadas devem entrar em contato pelo telefone (83) 99857.1100, por meio do aplicativo WhatsApp, para pré-seleção e agendamento de avaliação presencial.

Ascom/UFPB

Blog rafaelrag

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