sábado, 20 de fevereiro de 2016

VOTO TEM VALOR, PREÇO E CONSEQUÊNCIAS?... QUANTO VALE O SEU?


Tenho ouvido do Sr. ÁTILA ZENAYDE, uma vez ou outra, quando de volta pra casa em dia de eleição, após ter cumprido o direito cívico de votar: – Perdi o valor. Já votei! Mas, resta como positivo, naquela assertiva do Sr. ÁTILA o fato de que ele não se enquadra na definição de “analfabeto político”, que é aquele que “não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos”.
            Do ponto de vista avaliativo matemático, VALOR é apenas uma estimativa que se faz do valor de algo material – um bem móvel ou um bem imóvel – que não está à venda, enquanto que PREÇO é resultante da avaliação de um bem material – móvel ou imóvel –, quando vários interessados concorrem ou se voltam para a aquisição de um mesmo bem (móvel ou imóvel) pela compra.
            Então, pelo que até aqui foi dito e definido, o VALOR do voto é emblemático e cívico, não se podendo avaliá-lo matematicamente. Porém, ele pode ter PREÇO, bastando, portanto, que o eleitor faça a venda, recebendo dinheiro pra votar num ou outro candidato, o que corresponde a uma ignorância política. Somente se livrará alguém de sua ignorância política se ele/ela próprio(a) se reconhecer como ignorante, desvencilhando-se das algemas que o prendem à usura dos agiotas.
            A corrupção sempre existiu e existirá. Está na China, na Itália, no Brasil, aqui, acolá e alhures. Mas ela não é exclusividade somente dos políticos do MENSALÃO, ou do PETROLÃO, ou do escândalo dos CORREIOS, ou dos rombos disso ou daquilo. No Brasil, JOSÉ ANTONIO MARIA IBIAPINA (1806 a 1883), cearense de ICÓ, Deputado Geral (federal) entre 1834 e 1837, denunciou um rombo no Tesouro Imperial de 497 CONTOS DE RÉIS que é igual em moeda corrente a R$ 101.200.000,00 (cento e um milhões e duzentos mil reais). Após isso, ele abdicou da POLÍTICA, e tornou-se o “PADRE IBIAPINA”. Vixe Maria!!!
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            “(...) da ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto...” – Bertolt Brecht. Aí estão algumas das negativas consequências decorrentes da venda de voto, segundo Brecht. Se você quer consequências positivas do seu voto, é simples: antes de votar procure saber o perfil moral e humanístico do candidato; se ele é homem de bem, ou de “bens” adquirido com dinheiro usurpado do seu município. Pergunte a si mesmo: – Será que o meu candidato não é um jogador que vive a sorri de mim?... Mas se ele se ri, é porque você o fez contente, rico, corruptor e “a mulesta dos cachorros”. A culpa é sua! 

Blog rafaelrag com o portal Paó

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