sexta-feira, 16 de outubro de 2015

CIRANDEIRAS DE CAIANA DOS CRIOULOS DE ALAGOA GRANDE PARTICIPARAM D0 I CONGRESSO NACIONAL DO MOVIMENTO DE PEQUENOS AGRICULTORES, EM SÃO PAULO, ENCERRADO NESTA SEXTA, 16


 


Adendo do blog rafaelrag. Cida, presidente da associação quilombola Caiana dos Crioulos de Alagoa Grande, juntamente com sua irmã maria José e mais 8 componentes da equipe de Cirandeiras, estão em São Paulo, para fazer uma apresentação no I Congresso Nacional do MPA, realizado em SP de 12 a 16 de outubro. Nice, secretária de agricultura do município de Alagoa Grande participou também e retornará no mesmo ônibus, passando pelo Ceará e entrando no sertão da Paraíba, na segunda-feira, 19 de outubro, por volta das 12h e, por sua vez, a comitiva de Alagoa Grande chegará, à noite.

Quatro mil camponeses de 19 estados do País se reúnem desde a segunda-feira (12 de outubro) em São Bernardo do Campo, São Paulo, no I CongrMPA). Com o tema “Plano Camponês, Aliança Camponesa e Operária por Soberania Alimentar”, o evento debate a aliança entre os trabalhadores do campo e da cidade e a importância da agricultura orgânica.



Participam camponeses de todos os estados onde o MPA tem base, como o Espírito Santo. Nessas regiões, foram realizados encontros preparatórios para o congresso nacional, que terminou nesta sexta-feira (16 de outubro ).


O MPA defende que as pautas da população tanto do campo quanto da cidade sejam unificadas, já que são de interesse comum. Entre elas está a produção de alimentos saudáveis, livre de agrotóxicos e com preços justos. A entidade critica o atual modelo de atenção à agricultura adotado no País e as políticas públicas voltadas para acumulação de renda.

“Compreendemos que a história reserva uma das maiores batalhas aos camponeses e operários, a de construir com nossas próprias mãos a libertação da classe camponesa e operária da opressão do agronegócio, dos transgênicos, dos agrotóxicos, da violência contra as mulheres, da criminalização e de tantas outras violências que enfrentamos no nosso dia a dia”, diz o MPA.

O Movimento dos Pequenos Agricultores lembra dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que apontam a agricultura familiar como responsável por 70% da produção de alimentos consumidos pelos brasileiros, além de envolver 32 milhões de camponeses e deter o maior número de propriedades rurais.

Contraditoriamente, o setor recebe poucos investimentos do governo federal. O Novo Plano Safra da Agricultura Familiar 2015-2016 prevê o valor de apenas R$ 28,9 bilhões, enquanto à disposição do agronegócio são disponibilizados valores astronômicos - a cifra hoje atinge R$ 188 bilhões.

O agronegócio também é assentado no emprego de transgênicos e no intenso uso de venenos agrícolas, considerando que as sementes são modificadas para que possam receber mais agrotóxicos. Empresas como a  Monsanto (Estados Unidos), Syngenta (Suíça), Dupont (EUA), Basf (Alemanha), Bayer (Alemanha) e Dow (EUA) atuam nos setores de produção de transgênicos e de agrotóxicos ao mesmo tempo.

Programação

Durante o evento em São Paulo, também foi realizada a I Feira Nacional da Agricultura Camponesa, aberta ao público e com alimentos e bebidas produzidos pelo campesinato, e o I Congresso Mirim do MPA, que ensinam às crianças do campo sobre o movimento em que estão inseridas.
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O congresso foi aberto oficialmente na terça-feira (13). Após a solenidade, foram realizados debates sobre a “Conjuntura, Luta de Classe e Aliança Operária e Camponesa” e  o “Campesinato e Plano Camponês”. Na noite dessa terça, acontece a comemoração dos 10 anos de derrota da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), com uma Jornada Socialista.

Na quarta-feira (14) foram realizadas outras duas mesas de debate: “Mulheres, Luta e Poder Popular” e “Juventude Camponesa: Desafios e Perspectivas”. À tarde haverá um Ato Político da Aliança Camponesa e Operária, com a distribuição de mil cestas básicas com produtos do campesinato. Para a noite está programado um momento cultural camponês.

No dia 15, quinta-feira, os debates foram sobre “Agroecologia, Soberania Alimentar, Terra e Território” e “Organicidade do MPA e a Campanha das Sementes Crioulas”.  Depois, Noite Cultural Camponesa.

Já na sexta-feira (16), último dia do congresso, os camponeses participaram de mesa de debate sobre “Resoluções e Plano de Luta para os próximos períodos”, seguindo com uma mística de encerramento do congresso. À tarde, haverá realização de um ato público em defesa da Soberania Alimentar, na Avenida Paulista.

Na segunda-feira (12), os camponeses realizaram as Plenárias de Mulheres e Juventude.






Blog rafaelrag

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