Não se tratam do mesmo sol, da mesma chuva e do mesmo Deus. Os governos é que são os mesmos! Por que será?
Por Eisenhower Carvalho Braga Gomes
Mudamos de papa e, em lance histórico, "in vivo". Ao recém-empossado, com o que resta de"entender cristão", renovam-se as esperanças, pois, no momento, só alguém que constitua "fato novo" - jesuíta, por exemplo - pra colocar "ordem" na desordem da casa.
Já, por aqui, os flagelos, ao Sul e no Nordeste. Por lá, por excesso "aquático", sapo pedindo canoa; por aqui, por hídrico estresse, saudades do coaxar deles. Em meio aos dois, Brasília- candangos e candangados, unidos e onde os poderes se harmonizam - nem de longe, sabe o que significa "crise" insolúvel, meandra-se entre negócios, negociatas, mamatas, falcatruas, puxadas de tapete, orgias, drogas e putas, louvando o que há de mais nobre nos "podres poderes". E mais, um lugar mágico, onde água, preciosa e fundamental para tantos, lá, não parece fazer falta, dado que o que mais se bebe é espumante, vinho, cerveja e whisky ...
Para nós, pois - abestados e resignados, crentes - só nos resta refletir sobre o que letrou e quem musicou a canção "Seca", o extraordinário afro-descendente, que foi batizado na Capela do Farol, na Matriz de Santa Rita, Maceió", de nome Djavan Caetano Vianna:
"A terra se quebrando toda
A fome que humilha a todos
Vida se alimenta de dor
Que pobre povo sem socorro ...
Por que será que Deus pôs ali
O ser pra ser assim sofredor?
Sob a brasa do sol padecer
Do desdém do poder fingido ...
Sem saber o que é ser feliz
Viver, como se diz, dá medo
Apesar de se ter céu azul
O mesmo lá do sul, mesmo Deus ...
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