segunda-feira, 10 de agosto de 2015

PAREM NA ESQUINA QUE A GENTE VAI ENROLAR!

No dia 26 de julho próximo passado, data do sesquicentenário do município de ALAGOA GRANDE-PB  emancipado politicamente em 26 de julho de 1865 –, com suporte na Lei Nº 129, de 21 de outubro de 1864, nesta cidade sede do município, se fez o aniversário dos seus 150 (cento e cinquenta) anos, mas de forma pífia, amarelecida: sem lhe ser dada a importância que o Município e a cidade, respectivamente, merecem. NOTE BEM: esta cidade foi fundada em 27 de março de 1908, data esta que era, equivocadamente, comemorada como se fosse a data emancipativa. A real data da emancipação – 26.07.1865 – foi ratificada pela Lei Municipal Nº 1012/2009 (grifos do autor). 

      Ninguém vive para viver, apesar da redundância, as festividades de dois sesquicentenários (trezentos anos) comemorativos de um mesmo acontecimento, daí deduzirmos que haveria de ter sido aquela data (26.07.2015) comemorada com entusiasmo, em meio aos folguedos, gincanas dos colégios públicos e privados, bandas de músicas (locais e de fora), palestras remontando os tempos idos, pois, no caso presente, além do momento do hasteamento da tríade dos Pavilhões nacional, estadual e municipal, em frente ao prédio do Governo Municipal, nada mais se fez.
      Mas, como encontrar entusiasmo num povo que vive em crise?... Como fazer entusiastas os estudantes que reclamam da qualidade do ensino, e que não veem perspectivas de futuro no seu país tomado de assaltos se entre os ladrões estão vários dos seus representantes políticos?... Para que sair à rua para ver “a banda passar” se na rua “a banda que passa não é a sua”?... Como remontar aos tempos idos com palestra do Professor AVELAR assessorado pelo “Professor GUEDES”, se estes foram tidos como bobos por determinado gestor público tradicionalista, quando ambos lutavam com denodo para corrigir o “equívoco da emancipação”?...
      O QUE EU VI NAQUELE DIA:
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      Vi, pela fresta da minha janela, passar uma BANDA MARCIAL descaracterizada, (não sei se era daqui), isto é, sem farda oficial para uma festa de gala, como obrigatoriamente deveria ter vestido o uniforme haja vista que se tratava de uma BANDA representando o seu colégio, na festa de aniversário deste Município. Aliás, esperava que ali também passasse a BANDA MARCIAL “PARAHYBANDA”, mas não vi o seu maestro “COBRA VERDE”. Ah, maestro, quanta saudade me deu!... Com você, a BANDA MARCIAL se agigantaria como uma COBRA “ANACONDA”, dando ORDENS UNIDAS para fazer evoluções, marchas batidas, dobrados, etc.
      Naquele dia, de madrugada densa e chuvosa, em que o tutucar da percursão estava quase surdo, vi também vindo no sentido “Rua 13 de Maio – Rua São José” uma BANDA FILARMÔNICA, que dizem ser de Esperança/PB, e não podia ser diferente: a BANDA FILARMONICA “CÔNEGO FIRMINO CAVALCANTE”, local, foi extinta. Confesso que senti uma lacuna enorme, saudosista e necessária, pois, plagiando a Indústria de Instrumentos Musicais VERIL, de Brotas – SP, “Uma cidade sem uma BANDA é uma cidade incompleta”. Isto que cabe bem em relação à nossa pátria primeira – Antigo SERTÃO DO PAÓ, LAGOA GRANDE de ontem, ALAGOA GRANDE de hoje, parafraseando o douto e saudoso historiador DORGIVAL TERCEIRO NETO.
            Em conclusão, volto ao cabeçalho supra “PAREM NA ESQUINA QUE A GENTE VAI ENROLAR” – Título desta crônica –, para informar que este título é da autoria daquele maestro da BANDA MARCIAL, como ORDEM UNIDA que ele deu, para dobrar na esquina das ruas SÃO JOSÉ – PRESIDENTE JOÃO PESSOA. Achei-a originalíssima para o momento que vivemos, naquela data – 26.07.2015 – e daí por diante: FOMOS TODOS ENROLADOS!    

Blog rafaelrag com Toinho Cruz



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