sexta-feira, 20 de julho de 2018

Clínica-Escola de Fisioterapia oferece tratamento gratuito para entorse de tornozelo


A Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) oferece tratamento gratuito para indivíduos diagnosticados com entorse de tornozelo, lesão que afeta os ligamentos das articulações, causada principalmente pela pisada em falso e que provoca instabilidade crônica na articulação.

O tratamento consiste no fortalecimento dos músculos do quadril e exercícios tradicionais para o tornozelo, para melhorar a força, a amplitude de movimentos, o controle postural dinâmico e estático, a instabilidade subjetiva e a funcionalidade da articulação. Ao todo, são realizadas 24 sessões, durante oito semanas, nas segundas, quarta e sextas-feiras, das 12 às 14h. Por semana, a capacidade de atendimento é de 30 a 40 pacientes.

Para ser atendido, é necessário ter idade entre 18 e 35 anos, apresentar lesão de entorse do tornozelo ocorrida há pelo menos seis meses e não ter realizado cirurgia nos membros inferiores no mesmo período. Além disso, não é permitido estar em período gestacional, em tratamento fisioterapêutico para instabilidade crônica do tornozelo ou vinculado a programa de fortalecimento muscular.
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A intervenção terapêutica faz parte do projeto de pesquisa “Efeitos do fortalecimento muscular do quadril sobre o controle postural dinâmico de indivíduos com instabilidade crônica do tornozelo”, desenvolvido, desde o ano passado, no âmbito do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Cientifica (PIBIC/UFPB), com o objetivo de analisar os efeitos do tratamento.

Coordenada pelo professor Heleodório Honorato, do Departamento de Fisioterapia da UFPB, a equipe do projeto conta com as estudantes Ângela Barros e Paloma Furtado, do curso de Fisioterapia, responsáveis pelo atendimento, avaliação dos pacientes e análise dos dados da pesquisa. Participa também Janielyton Alencar, membro do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFPB, que divide com elas o trabalho de verificar as informações levantadas.

Diagnóstico e tratamento

Nem todo mundo que torce o tornozelo é diagnosticado com entorse e uma avaliação fisioterapêutica inicial indicará a existência ou não de instabilidade crônica em quem procurar pelo serviço. Durante e no final do tratamento, outras avaliações ocorrerão, a fim de examinar o andamento das terapias e a recuperação do paciente.

Nos casos de entorse, alguns sintomas podem ser observados logo após a lesão no tornozelo, como edema e hematoma, vermelhidão e aumento da temperatura na região, dor de intensidade variada, sensibilidade ao toque e dificuldade para ficar de pé ou andar. Para indivíduos em situação crônica, os principais sinais são instabilidade do equilíbrio e frouxidão dos ligamentos.

De acordo com a pesquisadora Paloma Furtado, a pisada em falso no solo, com movimento brusco do pé, pode ser por inversão, quando o pé vira para fora (chamada de pisada supinada), que é bastante comum, ou por eversão, quando o pé vira para dentro (a pisada pronada). “Alterações na pisada também podem causar o estiramento ou ruptura dos tendões e ligamentos da articulação. A repetição de microtraumas pode deixar o tornozelo varo. Já a pisada pronada faz com que o pé exerça maior pressão na sua parte interna, fazendo com que o tornozelo fique valgo, com desvio externo do calcanhar”, explica.

A pesquisadora informa, ainda, que é importante que os não diagnosticados com entorse participem da pesquisa porque farão parte do grupo de controle. “Apesar de não passarem pelo tratamento, os integrantes do grupo-controle norteiam o estudo, sendo referência para comparações com outras populações, submetidas a intervenções terapêuticas”, esclarece.

Mais informações devem ser obtidas através dos telefones (83) 98835-0888 e (83) 98717-3336.

Clínica-Escola de Fisioterapia da UFPB

A Clínica-Escola de Fisioterapia da UFPB foi funciona, desde novembro de 2011, no campus-sede da instituição, em João Pessoa, oferecendo atualmente serviços de fisioterapia para disfunções osteomioarticulares, neurológicas, genito-urinárias e gerontológicas para mais de 100 pacientes.

A clínica atende de segunda a sexta-feira, das 6 às 18h. Telefone para contato: (83) 3216-7273.
Fonte: 
ACS | Pedro Paz. Fotografia: Getty Images.

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