Eduardo
Campos, presidenciável do PSB, jantou com cerca de uma centena de
artistas, na noite desta terça-feira. Estava acompanhado de sua
companheira de chapa, Marina Silva. Organizado pelo tio de Campos, o
diretor de cinema Guel Arraes, o repasto ocorreu no Jockey Club
Brasileiro, no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio.
Campos fez um apelo
aos presentes. Disse que ele e Marina precisam de ajuda. Explicou que
não falava apenas de engajamento dos artistas na sua campanha. Antes do
voto ou da gravação de depoimentos de apoio, afirmou o candidato,
precisamos que as pessoas que movimentam a cena cultural ajudem a animar
a sociedade brasileira para o debate.
Campos revelou-se
especialmente preocupado com o desencantamento da juventude. Insinuou
que Dilma Rousseff e as forças que a apoiam buscam uma eleição com baixa
participação, sobretudo dos eleitores jovens. A pedido dos artistas,
repórteres e fotógrafos não tiveram acesso ao encontro. Muitos dos
comensais tocam projetos culturais patrocinados por estatais e bancos
oficiais.
Longe dos refletores, Campos repisou críticas que vem
fazendo ao governo federal em entrevistas e manifestações públicas.
Ouviram-no pessoas como Marcos Palmeira, Beth Goffmann, Marco Nanini,
Eriberto Leão e Alceu Valença. Sob Dilma, disse o candidato do PSB, o
Brasil enveredou por um caminho perigoso.
Reiterou que, na
política, a presidente tornou-se refém dos acordos que firmou com
representantes da velha política. Algo que leva, segundo suas palavras, a
uma convivência constrangedora. Até setembro do ano passado, o PSB do
orador integrava o condomínio oficial, ocupando dois ministérios. Antes,
sob Lula, o próprio Campos frequentara a Esplanada, como ministro da
Ciência e Tecnologia (2004 a 2005).
Na economia, realçou o
presidenciável do PSB, Dilma erra a ponto de comprometer a estabilidade
da moeda e de colocar em risco as conquistas sociais obtidas pelo pedaço
mais pobre da sociedade brasileira. Campos fez menção à deterioração
dos indicadores de segurança pública. Falou de uma certa impaciência que
leva o brasileiro a desejar mudança.
De resto, Eduardo Campos
afirmou que sua parceria com Marina, com pouco tempo de propaganda na
tevê e sem a estrutura dos rivais, terá o desafio de percorrer o que
chamou de caminho mais duro. Marina explicou que optou por se juntar a
Campos porque não deseja disputar o poder pelo poder. Na parte final do
encontro, a dupla respondeu a perguntas da plateia.
Blog rafaelrag com Josias de Souza
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