Jabá-João Gonçalves Chaves
É lastimável que no Brasil, principalmente no Nordeste haja um dos polos de concentração humana de mais miseráveis, famintos e sem renda per capita familiar, além de não ter casa pra morar, não têm salário, vivem em palafitas, que a qualquer momento pode desmoronar, em extrema miséria, nada de saúde, de trabalho, emprego ou renda que possam manter-se.
Um pais que se deu o luxo de dizer que tirou 36 milhões de pessoas da miséria e os levou para a classe social média, é, sem sombra de dúvidas nosso pais que tem como a gente mais pobre os Nordestinos, desprezados, oprimidos e esquecidos pelos poderes em geral.
Adendo do blog rafaelrag. Um retrato disto pode ser visto na entrada de Alagoa Grande-PB, no sítio Tambor, onde ainda hoje existe famílias comendo rato de Junco, em extrema vulnerabilidade, sob uma vida subumana, morando em uma área de risco, com incentivo da prefeitura municipal, que propôs para Dona Arlinda desistir de sua casa do programa minha minha vida, em troca de melhorar a infraestrutura de sua nova casa, de domínio do DER. Uma grande falha do assistencialismo brasileiro falido.
Dona Arlinda, que está criando oito filhos e grávida, ainda vive as imagens da recente tragédia do suicídio de seu esposo, o Sr. Manuel Ferreira (em memória), além do bolsa família ela está recebendo roupas, calçados e alimentos de moradores de Alagoa Grande e de outras cidades. As vezes ela aparece na feira-livre vendendo parte das roupas que estão sobrando, tornando-se em uma nova fonte de Renda para a sua família.
O Maranhão é o estado brasileiro onde ha´uma concentração de miseráveis em maior quantidade, segundo mostram estudos da FAO, órgão das Nações Unidas para Alimentação, apontando inclusive os focos de maior pobreza nutricional dentre tantos outros estados brasileiros pesquisados. São em média, 26 cidades onde campeia todo tipo de falta de infraestrutura, desde a mais básica a mais sofisticada.
Não é diferente em estados, podemos ver tudo isso, na convivência de pessoas nos lixões, tirando dali o seu sustento e de seus familiares, num prova cabal da responsabilidade dos governantes em todos os níveis.
Vimos também que a farsa em mostrar a verdadeira cara de nosso pais pelos seus legítimos representantes, nos leva crer que pouco interessa a vida dessa gente que vive de migalhas e restos de lixo dos ricos das megalópoles, espalhadas do Oiapoque ao Chui, do extremo Norte ao extremo Sul.
Não estamos aqui mostrando o desmantê-lo que vem assolando, bilhões de cidadãos em países africanos que passam pelas guerrilhas urbanas e outros problemas de ordem social e econômica.
Blog rafaelrag João Jabá
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