quarta-feira, 17 de julho de 2013

Parabéns aos 245 anos de fundação da cidade de Cuité"

Aspectos da cidade de Cuité na década de 1940, no fundo,
vê-se a Matriz de Nossa Senhora das Mercês
    A fundação da cidade de Cuité cabe ao coronel de milícias Caetano Dantas Correia, que juntamente com sua esposa dona Josefa de Araújo Pereira, doaram meia légua de terras nas proximidades do Olho D'água do Cuité, para constituição do patrimônio de uma capela, que pretendiam erigir com invocação a Nossa Senhora das Mercês. A referida escritura de doação, datada de 17 de julho de 1768, foi lavrada na povoação de Nossa Senhora do Bom Sucesso do Piancó, pelo escrivão Antônio Gonçalves Reis Lisboa.
              
 Considerada como a ‘certidão de batismo’, esta escritura foi descoberta pelo historiador Coriolano de Medeiros e transcrita na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano. Assim, “tão somente movidos de superiores impulsos e intensa devoção”, Caetano Dantas e sua esposa doaram as terras necessárias à constituição do patrimônio da referida capela de Nossa Senhora das Mercês, principiando, em sua fazenda, a povoação da Serra do Cuité.

               Caetano Dantas Correia era natural da cidade da Paraíba do Norte, onde nasceu em 1710. Foram seus pais o português José Dantas Correia e dona Isabel da Rocha Meireles. Esta, paraibana, filha de Manoel Vaz Varejão. Na idade de 17 anos, já sem seus pais, Caetano seguiu para os sertões de Piranhas, em companhia de seu irmão mais velho Antônio José Dantas Correia, onde permaneceu pelo espaço de 25 anos.

               Posteriormente, em 1752, instalou-se com fazendas de gado no Riacho das Carnaúbas, no Seridó norte-riograndense. Em 1753, já casado, aquele desbravador fundou a fazenda Carnaúba, que pela continua assistência de seus descendentes, tornou-se lentamente uma povoação e recebeu o nome de ‘Carnaúba dos Dantas’.
               Após a morte de Caetano Dantas, ocorrida em 18 de julho de 1797, o latifúndio da Serra do Cuité foi partilhado em doze partes e consignado a dona Josefa e aos filhos: Micaela, Francisca, Caetano (2° do nome), Simplício, Maria, Manoel Antônio, José Antônio, Gregório e Alexandre. Em 1848, os herdeiros e sucessores do referido coronel solicitaram a retificação dos limites de suas terras, demarcando também, os limites da meia légua de terra, patrimônio da Paróquia de Nossa Senhora das Mercês, doado em 17 de julho de 1768.

Parabéns a todos os filhos e filhas da nossa querida Cuité.

CuitéPBOnline

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