A Câmara instalou,
finalmente, o grupo criado para elaborar um projeto de reforma
política. Diz-se que se trata de uma resposta às ruas. Bobagem. Nessa
matéria, o asfalto não sabe do que é que se está falando. O presidente
da Câmara, Henrique Eduardo Alves, informa que a reforma será submetida a
um referendo. Antes, é preciso que exista uma reforma.
O
grupo tem prazo fixo de 90 dias. Pretende-se fazer em três meses o que
não foi feito nos últimos 20 anos.
Supondo-se que a Câmara obtenha a
graça de um milagre, Deus terá um segundo desafio. “O Congresso é
constituído de duas Casas”, recorda o senador Antonio Carlos Valadares
(PSB-SE). “Se a Câmara decidir qualquer coisa, virá para o Senado. Se
não houver entendimento prévio, tudo irá para a gaveta.”
Valadares
fez um apelo ao presidente do Senado, Renan Calheiros, para que envolva
a Casa no esforço da Câmara. Recordou que os senadores já fizeram uma
comissão semelhante em 2011. “Aprovamos várias propostas. Foram enviadas
para a Câmara. Tchau e bênção. Foi tudo para a gaveta.” Ou seja: em
relação à reforma política, mais cedo ou mais tarde, os congressistas
acabam correspondendo aos que não têm nenhum motivo para confiar neles.
Vai mudar?
Blog rafaelrag com Josias de Souza
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