Quando o Iron Maiden lançou o álbum “The Number of The Beast” em 1982, o
disco causou bastante polêmica devido a associação entre a música da
banda e um possível culto ao demônio. A banda foi execrada sobretudo
pelo conservadorismo norte-americano, que rotulou a banda de "satânica".
Pais proibiram seus filhos de ouvir as músicas, discos foram queimados
em praça pública e autoridades alertavam em telejornais sobre a ameaça
que o Iron Maiden representava.
O tempo dos hippies já haviam passado, dando lugar ao conservadorismo da
era Reagan, e o “paz e amor” e hedonismo foram novamente jogados para a
escuridão. Brincando com conceitos não-comuns na música em geral, o
Iron Maiden capitaneou uma onda de desgosto, discussão e adoração. “The
Number of The Beast” não foi apenas um fenômeno fonográfico (nem
precisamos afirmar que as vendas foram astronômicas), mas também, junto com suas repercussões, foi um fenômeno sociológico.
A Super Interessante explica as origens do significado do polêmico número que persegue o Iron Maiden e que dá nome ao nosso site... :)
A explicação mais conhecida está no Apocalipse, o último livro da Bíblia, apesar de metade da sua rua ter tomado conhecimento do
número por meio do Iron Maiden. Encontra-se no capítulo 13, versículo 18
a seguinte passagem:
“Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da
besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e
sessenta e seis”. Os teólogos Isidoro Mazzarolo e Leomar Brustolin ajudam a interpretar o trecho, a fim de entender o significado do famoso número satânico.
Primeiramente, o trecho bíblico diz que o número 666 é o número
de um homem. Segundo Brustolin, que coordena o curso de pós-graduação da
Faculdade de Teologia da PUCRS, o homem ao qual o autor se refere é César Nero.
Nero foi um dos imperadores de Roma que mais perseguiu os cristãos. Por
isso, os adeptos do cristianismo passaram chamar o imperador de
“besta”. Para que não fossem reprimidos por afrontar Nero, resolveram
usar uma espécie de código para se referir ao tirano. Os fiéis
relacionaram as letras hebraicas que formavam o nome do imperador a
números.
“No alfabeto hebraico, esse nome (César Nero), em número, vai dar 666”, diz Brustolin. O teólogo Isidoro Mazzarollo acrescenta que o Apocalipse não quis atingir somente Nero, mas todos os imperadores perversos. “Qualquer rei que seja mau, qualquer déspota que seja mau, é, de fato, uma besta para o autor do Apocalipse”.
Além disso, há uma simbologia do cristianismo que atribui significados a todos os números. Dentro dessa simbologia, Brustolin explica que o número seis foi, por diversas vezes, citado na Bíblia como o número imperfeito e antagônico ao bem. O fato de estar repetido três vezes significa a plenitude. The Number of the Beast, de fato.
Fonte: Super Interessante
“No alfabeto hebraico, esse nome (César Nero), em número, vai dar 666”, diz Brustolin. O teólogo Isidoro Mazzarollo acrescenta que o Apocalipse não quis atingir somente Nero, mas todos os imperadores perversos. “Qualquer rei que seja mau, qualquer déspota que seja mau, é, de fato, uma besta para o autor do Apocalipse”.
Além disso, há uma simbologia do cristianismo que atribui significados a todos os números. Dentro dessa simbologia, Brustolin explica que o número seis foi, por diversas vezes, citado na Bíblia como o número imperfeito e antagônico ao bem. O fato de estar repetido três vezes significa a plenitude. The Number of the Beast, de fato.
Fonte: Super Interessante
Blog rafaelrag
Nenhum comentário:
Postar um comentário