Atividade é promovida pela Univasf, em parceria com a UFCG e a UPE. Inscrições podem ser realizadas até às 16h desta quarta-feira.
Um espaço para compartilhamento de compreensões sobre cura e interculturalidade e para reflexões sobre o campo da saúde a partir dos saberes de povos tradicionais e ancestrais. Assim é possível definir o curso de extensão Saberes Ancestrais e Práticas de Cura, promovido pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em parceria com a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e a Universidade de Pernambuco (UPE).
O curso divide-se em duas etapas e as aulas da primeira serão realizadas entre os dias 17 de março e 9 de junho, com transmissão pelo Youtube, no canal do Núcleo de Psicologia Comunitária e da Saúde (NUCS) da UFCG , sempre às quartas-feiras, das 16h às 18h. As inscrições poderão ser realizadas até às 16h desta quarta-feira, 17, pelo link: https://www.even3.com.br/csaps1/
A segunda etapa tem previsão de início no mês de julho e deverá se estender até o dia 27 de outubro. Os participantes receberão a certificação de 60 horas de atividades, divididas entre aulas síncronas e assíncronas. Para participar, é necessário realizar inscrição por meio de formulário online. Até o momento, o curso, que é aberto a todos os interessados, contabiliza cerca de 19 mil pessoas do país e do exterior inscritas.
As aulas serão ministradas por líderes indígenas e de povos de terreiro, em alinhamento à necessidade de descolonização do conhecimento acadêmico e à aproximação dos saberes e práticas da medicina das florestas e dos terreiros. Os encontros do curso serão quinzenais e têm início com uma aula sobre “Práticas Indígenas de Produção de Cuidado”, ministrada pelo líder indígena, filósofo e militante dos direitos indígenas Ailton Krenak.
O curso também terá aulas sobre temas como “Saúde e Interculturalidade”, que será ministrada pela médica da Nação Quíchuas da Bolívia Vivian Camacho; e “Medicina Ancestral Indígena”, a ser abordado em aulas com o pensador e militante da luta pela demarcação de terras Álvaro Tukano; o doutor em Antropologia Social e líder indígena João Paulo Tukano; a diretora do Instituto Maracá, Cristine Takuá; e o presidente do Instituto Guarani da Mata Atlântica (Iguama), Carlos Papá, considerado um dos primeiros cineastas guarani mbya do estado de São Paulo. Além disso, as aulas se encerram com o tema “Cuidado indígena: a força comunitária na prática de cura de cada indivíduo”, sob comando do pesquisador sobre Saúde Coletiva e formador em terapias indígenas Ubiraci Pataxó.
(Com informações da Univasf)
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