Com o objetivo de projetar e implementar um sistema de captação e aproveitamento de água da chuva, para algumas escolas municipais da zona urbana da cidade, os estagiários da Defesa Civil estão desenvolvendo o projeto ‘Captação e aproveitamento da água da chuva em ambiente escolar’, resultado de uma parceria entre a Defesa Civil de Campina Grande e a Secretaria Municipal de Educação.
Inicialmente, ficou acordado que o projeto será implementado nas escolas Paulo Freire do bairro Mutirão, que possui problemas de abastecimento de água, e na escola Mariinha Borborema do bairro Três Irmãs, que apresenta problemas recorrentes de alagamento em épocas de chuva, onde a captação reduziria os efeitos da precipitação na unidade escolar.
Além disso, realizar a instalação de dispositivos poupadores, como as válvulas de duplo acionamento de descargas sanitárias, a fim de auxiliar na redução do consumo de água. Com isso, tem-se a pretensão de trazer para o ambiente educacional a criação de uma cultura de sustentabilidade nos alunos, tendo em vista que o sistema será totalmente autoexplicativo.
De acordo com a engenheira Gabriele Souza da UFCG, inicialmente, ficou acordado que, “iremos realizar o projeto e implementação nas escolas Paulo Freire do bairro Mutirão, que possui problemas de abastecimento de água, e na escola Mariinha Borborema do bairro Três Irmãs, que apresenta problemas recorrentes de alagamento em épocas de chuva, onde a captação reduziria os efeitos da precipitação na escola”.
O projeto será desenvolvido em parceria com a Defesa Civil e Secretaria Municipal de Educação. Os estagiários da Defesa Civil dos cursos de Engenharia Civil e Engenharia Sanitária (da UFCG, UEPB e Maurício de Nassau) irão desenvolver o projeto executivo das medidas a serem adotadas nessas escolas, a partir das informações fornecidas pela SEDUC, e a implementação será realizada pela própria secretaria.
As vantagens se constituem tanto no âmbito da preservação dos recursos hídricos, essencial na área do semiárido nordestino, onde a cidade está inserida e sofre com os efeitos da seca, estiagem e racionamentos. Além disso, o retorno e economia financeira são pontos essenciais. No estudo modelo que fizemos na Escola Municipal Dr. Williams de Souza Arruda, verificamos que o aproveitamento de água da chuva para uso em serviços de limpeza e rega reduz os gastos mensais de água em 6% e, quando aliados aos dispositivos poupadores, essa economia pode chegar a cerca de 61% no mês, gerando uma economia de cerca de 5.553 reais apenas para a escola estudada.
No que diz respeito às vantagens educacionais, o projeto promove a percepção dos alunos quanto a importância.
O processo de participação engloba as esferas de projeto e execução, que são os membros componentes da Defesa Civil e da SEDUC, bem como os gestores, professores e alunos que vão poder vivenciar o projeto no dia a dia escolar.
A captação e armazenamento da água da chuva mostra-se uma alternativa cada vez mais discutida para suprir a demandas hídricas das instituições
públicas, como as escolas municipais. Eventos de estiagens prolongadas bem como pandemias associadas a crises sanitárias, como a atual COVID-19, enfatizam a necessidade de projetos voltados com afinco ao aproveitamento dessas águas, uma vez que, com a reabertura das escolas, espera-se um aumento no consumo para manter o protocolo de higienização da instituição.
Em reunião com o secretário de Educação, Raimundo Asfora, na manhã do dia 17 de março, foi liberado o início das atividades do projeto, que está na fase de levantamento de dados e visitas às duas primeiras instituições beneficiadas. Mediante a complementação dos levantamentos, os estagiários de Engenharia iniciaram o processo de elaboração do projeto executivo, esperando ser concluído em até dois meses. Assim, pode-se iniciar a execução e, logo após executado, as atividades educacionais envolvendo o corpo docente e os alunos das escolas poderá começar.
Estão participando do projeto, Gabriele Souza (Graduanda em Engenharia Civil na UFCG); Mateus Clemente (Graduando em Engenharia Civil na UFCG); Luma Fonseca (Graduanda em Engenharia Civil na UFCG); Julianna Ferreira (Graduanda em Engenharia Sanitária e Ambiental na UEPB) e Lidiane Rocha (Graduanda em Engenharia Civil na Faculdade Maurício de Nassau).
Semanalmente, os estagiários se reúnem com o coordenador da Defesa Civil, Ruiter Sansão para apresentar o relatório das atividades desenvolvidas durante a semana.
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