Neste segundo debate participaram todos os cinco candidatos ao governo da Paraíba. A candidata mulher Rama Dantas que não participou do primeiro debate, confirmou a presença e compareceu neste segundo debate. Ela disse que não participou ´do primeiro porque não foi convidada.
Veja dois vídeos com parte do debate.
O segundo debate da campanha promovido pela TV Manaíra entre os candidatos ao governo do Estado, deu o tom de como será o decorrer a campanha. Ataques, farpas e acusações marcaram o debate, que mais uma vez colocou frente a frente, João Azevedo (PSB), Lucélio Cartaxo (PV), José Maranhão (MDB), Rama Dantas (PSTU) e Tárcio Teixeira (PROS).
Quem quiser ver cenas de guerra, vá até o Trauminha”
O candidato a governador da Paraíba pelo PSB, João Azevedo, usou a saúde para alfinetar Lucélio. Ele afrmou que a Paraíba conquistou, no atual governo de Ricardo Coutinho (PSB), o menor índice de mortalidade infantil do Nordeste e citou que uma rede de cardiologia pediátrica foi implantada no estado, salvando a vida de milhares de crianças.
João criticou a Prefeitura de João Pessoa, afirmando que as pessoas não são bem atendidas pelo serviço de saúde da cidade. Disse que quem quiser ver “cenas de guerra vá até o Trauminha”.
– É importante entender que a Prefeitura de João Pessoa nega até os exames das pessoas que estão internadas no Padre Zé. Quem quiser ver cenas de guerra, vá até o Trauminha – disse.
Candidato do PV, Lucelio Cartaxo reagiu e também alfinetou o candidato do governo, declarando que é preciso fazer mais do que prometer instalar maternidades em todas as cidades da Paraíba, citando ainda que pretende implantar um hospital de Trauma no Sertão.
Segundo Lucélio, o atual governo instituiu “uma política de criação de impostos do dia para a noite” que tem afastado a instalação de novas empresas e empreendimentos no Estado.
– Temos uma política que faz com que o investidor se afaste do nosso Estado – criticou o candidato, ao afirmar que tem como proposta de governo a reformulação da política tributária e a implantação de um projeto para oferta de crédito e capacitação para jovens que estejam a procura do primeiro emprego ou tenham o desejo de abrir o primeiro negócio.
Debatendo o mesmo tema com Lucélio, o candidato José Maranhão (MDB) destacou a necessidade de estímulo a geração de empregos.
– Não existe forma mais eficiente de gerar emprego se não o desenvolvimento econômico. Além disso, nós temos que incentivar a atividade econômica, inclusive oferecendo chance de desenvolvimento a pequenos empresários, oferecendo crédito para isso – pontuou.
Para Maranhão, “é preciso reduzir as despesas das mordomias”.
disse que é preciso que o governo do Estado enxugue os gastos para que os recursos não fiquem sendo direcionados para locais que podem ser privatizados, como alguns hospitais que, segundo ele, hoje somam um gasto mensal de mais de R$13 milhões.
Maranhão declarou que é preciso cortar os custos de coisas supérfluas e confortos que atualmente são oferecidos ao governador.
– Acho que o governo precisa dar o bom exemplo, reduzir as despesas das mordomias. É preciso acabar com os carros oficiais para serviços que não são essenciais. É preciso fazer economia, por exemplo, no processo de privatização de hospitais da Paraíba – disse.
O candidato do PSOL, Tárcio Teixeira, em sua participação no debate questionou o candidato do governador Ricardo Coutinho, João Azevedo, sobre os salários dos professores estaduais.
Com a sua “metralhadora giratória” atirando para todos os lados, Tárcio disse que os profissionais não recebem o piso nacional e, nas escolas integrais, onde atuam por 40 horas, só recebem por 30 horas, e que para completar ‘faria penduricalhos’
Em resposta, João Azevêdo disse que a atual educação do estado garante experiências diferenciadas para os alunos pobres, com o Gira Mundo, programa de intercâmbio.
– É uma educação que leva os alunos pobres a terem experiência na Europa, Canadá, Argentina, que fez com que mais de 2 mil alunos passassem no Enem e que o professor tem sido valorizado, onde não ocorre greves na educação, como nos governos anteriores. Vamos implantar o Gira Mundo também na UEPB e dar essa oportunidade aos universitários – ressaltou.
Tárcio, por sua vez, disse que o candidato teria fugido da resposta.
– Parece que estou debatendo com uma pedra, porque se pergunta e ele não responde nada. Mas vou dizer: Os professores do estado não recebem o piso nacional. Essa é a forma que o governo dele tem tratado o servidor público. Vamos reabrir escolas fechadas e as classes de Educação de Jovens e Adultos, e garantir que a UEPB não feche as portas – rebateu.
A candidata do PSTU, Rama Dantas, defendeu a proposta de que o salário do governador, a partir do próximo mandato, corresponda ao que ganha um professor de educação básica na rede estadual de ensino.
Ao assumir o compromisso de implantar essa proposta através de projeto de lei, caso seja eleita, Rama Dantas desafiou os demais adversários a fazer o mesmo, ressaltando que é necessário acabar com privilégios e desigualdades.
– A gente tem que dar um basta nisso e inverter essa ordem em que uma minoria ganha imensos salários e a maioria ganha um salário mínimo que não dá para sobreviver – argumentou.
(PB Agora)
Blog rafaelrag
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