A quinta entrevista da série feita pela rádio Correio FM, na sexta-feira (25 de julho), foi com o governador e candidato à reeleição, Ricardo Coutinho (PSB). Entre os projetos propostos pelo socialista estão a implantação de condomínios Cidade Madura em 20 cidades e também dobrar o piso do magistério. Confira.
Ciência e tecnologia
“O governo criou Centro de Inovação Tecnológica. Hoje a Sony já faz a sua obra para instalar um Centro de Desenvolvimento. Vamos instalar um centro de pesquisa e desenvolvimento neuro-cerebral em Campina Grande. Quero levar fibra ótica a todas as regiões do estado pela BR-230 até Cajazeiras, Catolé do Rocha, Itaporanga e Monteiro, isso é fundamental. Quero agregar educação como importante pólo na área de pesquisa e de conhecimento. Veio a robocup para João Pessoa porque incluímos no ensino. Quero incluir para fazer nossos estudantes incorporem a tecnologia, assim a Paraíba terá condições de competitividade. Quero casar educação com tecnologia, trabalhar com escolas técnicas estaduais um outro nível de tecnologia”
Idosos
“O Cidade Madura de Campina Grande já está na reta final. O de Cajazeiras também já está em estágio avançado de construção. Esse é um compromisso de um governo que não esperou por emendas e nem recursos vindos de fora. Nós estamos investindo R$ 4 milhões na área. Vamos fazer condomínios com horta, salão de festa, unidade de saúde, enfim com dignidade para pessoas. Hoje 17% das pessoas estão acima de 60 anos na Paraíba, tem muita gente que não tem onde morar. Quero instalar o Cidade Madura em mais 20 cidades no estado. Lutar para que seja um projeto nacional. Mais do que a assistência inicial vamos ter mudança de mentalidade na relação entre poder público e essa faixa etária. Antes do Cidade Madura já tinha criado o Programa Acolher, onde vamos delimitar R$ 2 milhões para fazer com que os abrigos se adequem. Vou focar saúde dos idosos, além do Cidade Madura. Quero que a gente tenha um amplo programa de saúde dos idosos”.
Combate a corrupção
“A corrupção põe em risco a democracia. Não só essa formal, que acha que vai eleger uma pessoa e dar um cheque em branco para quatro anos. É preciso incluir democracia participativa. Estamos criando, aprendendo, errando aqui e acertando acolá, mas dando a capacidade das pessoas fiscalizarem, porque às vezes a corrupção não passe nem pelo gestor, está lá na ponta. É preciso ter instrumentos modernos, capazes de fazer com que essa rede possa ser combatida e detectada. O grande problema para mim é a impunidade. Muitas vezes se olha o corrupto mas não se vê o corruptor. A corrupção dá-se da nossa formação. É preciso que as pessoas observem isso como um grande momento de fazer uma faxina nos pequenos atos, não permitindo que a política se transforme num balcão de negócios. Fizemos com que nosso estado se transformasse no 9º do país em transparência pública, mas é preciso que se acabe com a impunidade”.
Ação social
“Esse é um desafio. O SUS – Sistema Único de Saúde – é um sistema que tem consolidação de seus parâmetros jurídicos. O de assistência social não. Mas isso exige a união de estado, município e federação e resvala entre os limites de assistência e o que é o estímulo a mendicância. Acho importante o Bolsa Família, mas precisa ser complementado com a formação profissional para que as pessoas possam entender que elas podem ganhar muito mais. Fizemos reforma nos 16 centros sociais urbanos e quero atingir as 20 maiores cidades com mais centros. Não consigo conceber assistência social, sem educação. É preciso juntar para exercer esse papel e fazer a separação entre mendicância e assistência. Fazer com que a população possa sair desse patamar menor para ter qualidade de vida superior”.
Geração de emprego e renda
“Nos três primeiros anos esse governo criou 56 mil novos empregos numa época em que a economia estava vivendo um período complicado de estagnação. Mesmo nesse período esse governo conseguiu crescer duas vezes e meia mais que Brasil. Geramos o dobro de empregos do que meu adversário, no momento em que a economia ia mal. Além disso, um aporte de R$ 6 bilhões em investimentos privados, fábricas que estão se instalado, distrito industrial de Caaporã, que está em obra. A Paraíba não tem mais espaço para agregar a procura que estamos tendo. E nenhuma empresa procura o estado se não tiver confiança na gestão e na capacidade da mão-de-obra. Igualamos o teto do Super Simples para saírmos do patamar de R$ 1,8 milhoes para R$ 3,6 milhões. Assumo o compromisso de continuar o teto máximo e criar mais distritos industriais”.
Saúde
“Eu sou o governador do Nordeste que mais ampliou a rede hospitalar. Aumentamos 836 novos leitos em hospitais públicos. Leitos de UTI no Trauma de João Pessoa eram 24 e agora são 43. Construímos o hospital de Mamanguape. Somente no mês de junho inaugurei três hospitais. Monteiro, Pombal e Mamanguape e vamos inaugurar o de câncer, em Patos. E eu conheço isso, porque sou da área da saúde. Elevamos o patamar de investimentos de R$ 13 milhões para R$ 55 milhões, 97% de recursos próprios. O Trauma de João Pessoa saiu de 300 cirurgias e agora faz 1.100. Fizemos o Trauma de Campina Grande e vou fazer um no Sertão da Paraíba. Vamos trazer tecnologia para a rede de saúde hospitalar”.
Segurança pública
“Tenho tido uma condição muito clara de andar de cabeça erguida e de fazer esse debate de peito aberto. Sei como era e como é hoje. Você mede a eficiência não é simplesmente achando que nada vai acontecer, porque quem está escondido com uma arma na mão, vai fazer. Se mede a segurança sob a reação para coibir e dizer que o crime não compensa. O número de homicídios durante dez anos cresceu 18%, ao ano, o que é um absurdo. Com o meu governo começamos a cair e, pelo 3º ano consecutivo, reduziu. Só três estados reduziram: São Paulo, Bahia e a Paraíba. Estamos em primeiro no Brasil na redução. Evidente que não está tranquilo, o que não posso e aceitar é a tentativa de colocar no meu governo fatos antigos. Assumi o estado e hoje temos 6 mil coletes a prova de balas, antes tinha aqueles carros Santana com portas amarradas com cordas. Tem helicóptero e vou levar outro para Campina e outro para o Alto Sertão”.
Transparência pública
“Temos um profundo respeito por essa questão, até porque é uma forma de me proteger. Fui gestor em João Pessoa e estou sendo governador. Tive minhas contas aprovadas todo mundo sabe da minha postura. Não tenho nada que seja meu e que não esteja meu nome, não tenho laranjas, não faço esse tipo de política. Quero da política o mesmo sentimento que eu tinha, e tenho o mesmo sentimento de quando fazia movimento sindical, porque acredito na transformação da sociedade. A transparência é essencial para dar essa resposta. Participei do orçamento democrático dizendo e mostrando onde estava sendo usado o dinheiro da população. Quero continuar fazendo isso porque tenho que governar para maioria, reproduzir os orçamentos para as escolas estimulando pais e alunos a respeitarem”.
Servidor público
“No meu governo teve greve? Não teve, porque negociei, porque a categoria chegava com uma proposta e eu estava na frente, sempre tive acordo com policiais e eles me deram crédito de confiança. Tratamos o servidor com respeito ao criar data base. Aprovaram mais de 20 planos de cargos e carreiras e no meu governo eu paguei todas as promoções. Fiz seis mil promoções das policias e bombeiros e isso dá um peso grande dentro da máquina administrativa. Criamos o restaurante do servidor público, alguns poucos setores que fazem da direção sindical um instrumento político partidário, mas tenho que governar para a maioria. E com o magistério fazer dobrar o valor do atual piso do magistério”.
Políticas culturais
“Quando assumi me deparei com uma dúvida, se continuava com aquela política de investir em um fundo de incentivo. Paguei fundo de 2008 que não tinha sido pago e abri novo edital de R$ 3 milhões e agora outro de mais R$ 3 milhões. Investimentos na produção cultural quando olhei para nossos equipamentos, percebi que eles estavam degradados. Olhei para o espaço cultural e fui e fiz um investimento de R$ 49 milhões no Espaço Cultural e está lá um maravilha. Em Campina Grande fiz a reforma e revitalização do Cine São José. O teatro no Alto Sertão que será o maior teatro do Sertão Nordestinho com 270 lugares. O teatro Santa Rosa estava inviabilizado. A Joia da Coroa. Temos que combinar assistência social com artes. Temos um programa só de instrumentos, foram R$ 5 milhões para 1,2 mil estudantes da rede pública, que estão aprendendo instrumento de orquestra, são 11 pólos é a maior rede de orquestras”.
Mobilidade urbana
“Sou um governante que tem um legado nessa área, seja como prefeito de João Pessoa com as Alças da Beira Rio a duplicação da Pedro II e hoje fazendo a Perimetral Sul, fazendo Trevo de Mangabeira, obra essencial, construindo o Viaduto do Geisel, daqui a nove meses aquelas pessoas vão se livrar de um semáforo na BR. Fizemos a Almeida Barreto em Campina Almeida, vamos fazer o Eixo que liga a BR-101 Norte a BR-101 Sul para pode sair daquela situação onde todos convergem para o Viaduto Ivan Bichara, quero ligar Natal até Recife numa obra extraordinária mais de dez quilômetros. Estamos pensando a Ponte de Cabedelo a Santa Rita”.
Inclusão social
“A inclusão tem que ser produtiva não pode ter as pessoas dependendo de uma forma infinita do próprio estado indo lá todos os meses apanhar suas coisas e não ter capacidade de sonhar com algo mais. Criamos o melhor projeto de geração de renda que é o Empreender, foram R$ 67 milhões investidos na microeconomia, pessoas que muitas vezes já tinham procurado os bancos para poder fazer seu comércio para fazer coisas como agricultura irrigada para investir em pequenas lojas, muitas delas já tinham procurado bancos, mas não tinham conseguido porque as vezes eles fazem voltar só pela aparência. Vamos chegar aos R$ 80 milhões nos quatro anos de mandato. Vamos atingir isso e isso significa 31 mil pessoas beneficiadas diretamente, além do próprio beneficio para a economia formal e comércio informal. Cria uma rede solidária de emprego que começa na própria família. Quero sonhar e fazer com a determinação daqueles que sabem a importância disso, porque mais importante do que dar o peixe e dar a vara de pescar”.
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