sábado, 27 de julho de 2013

NA SBPC, GOVERNO ANUNCIA 1º NAVIO DE PESQUISAS HIDROCEANOGRÁFICO

Embarcação foi comprada por R$ 162 milhões e deve ficar pronta em 2014. Navio terá equipamentos para explorar geologia e biologia do Atlântico.


O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Marinha do Brasil compraram o primeiro navio de pesquisas hidroceanográfico do País, que vai atuar nas áreas Sul e Tropical do Oceano Atlântico. A embarcação, no valor de R$ 162 milhões, está sendo construída na China, que detém a expertise no tipo offshore (com capacidade para navegar em alto-mar). O projeto deve ser concluído até o segundo semestre de 2014. O anúncio foi feito durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que ocorre encerrou ontem, sexta-feira (26 de julho), na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife.

-- Anúncio feito na 65° SBPC. (Foto: Tiago Calazans/ MCTI)
A embarcação terá capacidade para 146 tripulantes, dos quais 60 serão pesquisadores das áreas de química, geologia, biologia e física marinha. O navio terá equipamentos que permitirão o acesso à parte geológica e biológica para experimentações e retirada de amostras, como o veículo de operação remota (ROV, na sigla em inglês), capaz de operar a uma profundidade de quatro mil metros.

A compra é resultado de um acordo de cooperação entre o MCTI, o Ministério da Defesa/ Marinha do Brasil, a Petrobras e a empresa Vale. O navio integra o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Oceanográficas e Hidroviárias (Inpoh), que prevê uma série de ações em áreas específicas do conhecimento. Entre elas, a conservação da biodiversidade marinha, a melhoria de processos associados à pesca, aquicultura e maricultura, bioprospecção, proteção e adaptação de zonas costeiras para as mudanças climáticas, realização de estudos sobre vias fluviais, hidráulica fluvial e portuária, além de formação de recursos humanos na área de hidroceanografia.
O Inpoh irá operar como organização social e conta com previsão orçamentária para entrar em operação. O diretor interino é Serge Estefen, também diretor de Tecnologia e Inovação do Instituto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ). A ideia é que o Instituto capacite pesquisadores e autoridades brasileiras a ter coparticipação nas tomadas de decisão em fóruns globais sobre oceanos e garanta a conservação e o uso sustentável dos bens e serviços dos recursos hídricos nacionais.
Fonte: G1 PE de 24/07/2013.
Blog rafaelrag

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