segunda-feira, 23 de março de 2015

Temporal deixa vias do Rio alagadas na manhã desta segunda-feira, 23 de março


Adendo do blog rafaelrag. No dia mundial da água, choveu muito no Rio de Janeiro, tendo alagamento em vários pontos da capital e de outras cidades do estado. A partida de futebol de milhões de reais foi interrompida, com o Maracanã superpotado, ao retornar o Fla venceu o Vasco. Veja imagens e vídeos, nesta matéria do portal Globo.
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Município permanece em estágio de atenção desde as 17h23m deste domingo
POR PRISCILLA AGUIAR

RIO - O temporal que caiu durante a noite de domingo e a madrugada desta segunda-feira ainda deixa algumas vias alagadas no Rio, nesta manhã. De acordo com o Centro de Operações da prefeitura, às 6h20m já não havia mais risco de chuva forte, no entanto, o município continua em estágio de atenção, devido aos bolsões d'água registrados em vários pontos das cidade.

Apesar de ainda haver registros de alagamentos horas após a chuva forte, o diretor executivo do COR, Pedro Junqueira, fez uma avaliação positiva do sistema de drenagem do município.

— Choveu bastante em pouco tempo. Só na Rua das Laranjeiras, foram registrados 100 milímetros de chuva. No entanto, os alagamento são pontuais. Se pudéssemos ressaltar algum ponto alto eu diria que seria a Praça da Bandeira, um problema já antigo, que dessa vez não alagou — destaca Junqueira.

Ele explicou ainda que três fatores diferentes podem ter contribuído para o alagamento das vias e que o município se prepara para minimizar esses acúmulos de água.

— Às vezes, algum tipo de detrito pode obstruir a rede de drenagem e, em alguns casos, é preciso fazer uma drenagem subterrânea, que é mais demorada. Na Zona Portuária, há muitas obras, e terra pode ter obstruído a rede de drenagem. O presidente da Porto Novo se comprometeu a fazer um relatório para informar o que aconteceu. A terceira hipótese são os lugares onde realmente não existe drenagem. Às vezes numa curva, num desnível que a pista apresenta. Nesses casos, a água vai precisar evaporar, e se for algo traumático, a gente vai precisar fazer uma drenagem subterrânea — explicou, acrescentando que, com o trabalho junto à imprensa e às redes sociais — nós temos uma visão da cidade que auxilia os órgãos da prefeitura a planejar suas intervenções.

Segundo Junqueira, a prefeitura tem feito muitos investimentos, mas sempre pode melhorar.

— Em alguns casos, investimentos grandes e, em outros, menores, como abrir um ralo novo, por exemplo. E isso tudo vem sendo feito — concluiu.

De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, ainda há acúmulo de água na pista lateral da Avenida Presidente Vargas, no sentido Praça da Bandeira, altura do Estácio, no Centro e na Avenida Professor Pereira Reis, no trecho entre a Avenida Cidade de Lima e a Via Binário, sentido Praça Mauá, na Região Portuária.

Na Zona Norte, há acúmulo de água no Largo do Jacaré e Rua Álvares de Azevedo, no Cachambi. Existem bolsões na Avenida dos Democráticos, em ambos os sentidos, altura de Manguinhos. Mais cedo, um veículo ficou em um bolsão d'água na Rua Elias da Silva, via que também apresenta registro de acúmulo de água, na altura do Viaduto de Quintino De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura, não há mais registros de acúmulo de água na Rua Padre André Moreira, na altura da Rua Frei Fabiano, no Méier e no Buraco do Padre, no Engenho Novo, em ambos os sentidos.

Na Zona Sul, as duas passagens subterrâneas da Praia de Botafogo ainda estão alagadas e pedestres são obrigados a atravessar as pistas da Avenida das Nações Unidas. Na Zona Oeste, há registros de alagamentos na Avenida Salvador Allende, altura da Ilha Pura, nos dois sentidos, na Barra da Tijuca e na Estrada do Catonho, altura da Estrada do Cafundá, no Taquara.

Em Duque de Caxias, devido ao temporal, o muro do Cemitério Tanque do Anil desabou. A quantidade de água era tanta que arrastou os restos mortais para a calçada e a via. Ainda há trechos alagados na região. Há relatos de que a água que saiu do cemitério invadiu as casas da vizinhança.

RUAS FICAM ALAGADAS NO CENTRO DO RIO

Carro tenta atravessar o bolsão d'água que se formou na Via Binário Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
 A Via Binário alagada na manhã desta segunda-feira Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
 O alagamento no cruzamento da Avenida Professor Pereira Reis com Via Binário Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo
 Chuva complica a vida de quem passa pela Avenida Cidade de Lima.
Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

Motociclista tenta fugir do alagamentoFoto: Márcia Foletto / Agência O Globo
 TEMPORAL CAUSA ALAGAMENTOS NO 1º DOMINGO DO OUTONO

Diversas ruas do Rio e de Niterói ficaram alagadas no início da noite deste domingo por causa da forte chuva que atingiu a Região Metropolitana. Devido ao temporal, o Rio entrou em estágio de atenção às 17h23m. Às 19h, chovia muito forte na Tijuca, em Santa Teresa, no Grajaú, no Irajá, em Copacabana e no Alto da Boa Vista. No Maracanã, a partida entre Flamengo e Vasco precisou ser interrompida aos 22 minutos do primeiro tempo.

O Rio Maracanã transbordou, mas, desta vez, a Praça da Bandeira não ficou alagada. De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), a Avenida Maracanã ficou coberta pela água na altura da Rua Mata Machado, assim como a Rua Moncorvo Filho, no Centro. Houve alagamento na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido, até a Rua Haddock Lobo, causando interdições na via. No Viaduto do Gasômetro, formaram-se bolsões d’água. No Hospital Getúlio Vargas, na Penha, corredores ficaram alagados. Na Rodovia Washington Luís (BR-040), vários trechos ficaram cobertos de água e motoristas enfrentaram trânsito lento. Segundo os motoristas, a água chegou à altura da porta dos veículos.

Já o município de Niterói entrou em estágio de atenção às 19h25m. Os bairros mais afetados foram: Charitas, Largo da Batalha e Piratininga. Um vídeo publicado no blog do colunista do GLOBO Ancelmo Gois mostra jovens surfando na Rua Gavião Peixoto, em Icaraí, que ficou alagada. A Defesa Civil registrou deslizamentos na localidade Badu, em Pendotiba, onde um muro desabou parcialmente, e no Engenho do Mato. Uma barreira desceu na Estrada da Cachoeira, mas não houve vítimas. Na Rua Martins Torres, em Santa Rosa, um deslizamento atingiu um prédio residencial. Equipes da Defesa Civil, da Conservação e da secretaria de Assistência Social foram para o local para desobstruir a passagem e verificar a situação das famílias que vivem no edifício.

Blog rafaelrag com o Globo

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