PROFESSOR DE ALAGOA GRANDE
ESCREVEU A POESIA
As Dores
ESCREVEU A POESIA
As Dores
Ao nascer do dia desabrocham as flores,
Amanhecem também contigo as tuas dores,
Convivência amarga sempre a te perturbar,
Simbiose maldita no teu corpo a gritar.
Existência constante, livre e sem medida,
As dores que martelam a tua própria vida,
Perenes, precisas, pesadas, perigosas,
Plantas intrusas no jardim das rosas.
Tuas causas variam e são imprecisas,
Quando chegas não falas, e nunca avisas,
Assombrosa, valente, age sem direção,
Invasora, implacável, bate sem distinção.
As tuas vitórias queremos falar,
Que remédio mais forte podemos te dar?
Enfraqueces os ossos, nervos e tendões,
E das almas roubas todas as emoções.
Tu serás encantada erva venenosa,
Inspiras para sempre a poesia e a prosa,
Espinhos pontiagudos que furam o ser,
Ó dor persistente tu fazes sofrer!
Barros Maia.
Blog rafaelrag
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