Professor Ramilton Marinho(UFCG, campus Cuité).
Talvez, tenha sido Galileu Galilei quem melhor expressou a noção de que os números não mentem, dizendo que a matemática é o alfabeto com o qual Deus escreve o universo.
Para Galileu, no auge do Renascimento, a verdade dos números era uma maneira convincente de enfrentar os fanatismos, as opiniões pessoais e até as superstições.
As pesquisas quantitativas utilizam uma amostragem ( um pedacinho ) da população para buscar medir opiniões e fatos. Daí que muita gente desconfia de pesquisas afirmando nunca ter sido entrevistado.
Por exemplo, em Cuité, geralmente é utilizada uma amostra em torno de 400 entrevistados. Essa amostra permite um nível de significância de 95% e uma margem de erro de 5%.
Nível de significância quer dizer que se 100 amostras fossem tiradas da população, em 95 delas o resultado ficaria dentro do intervalo de confiança.
Margem de erro é uma estimativa de erro máximo. Quer dizer que se um candidato aparecer com 30% das intenções de voto, ele pode ter até 35% ou 25% das intenções de voto.
Assim, vemos que as pesquisas indicam, sobretudo, uma possibilidade de acerto dentro de um espaço de erro previamente calculado.
Vou dar alguns exemplos de Cuité, em pesquisas internas realizadas pela Metanálise.
Em 14 de setembro de 2016, a pesquisa indicava 49.1% dos votos para Charles Camaraense e 44.1% para Fabiano Valério. Nas urnas o resultado foi de 51.9% para Charles e 48% para Fabiano. Variações ocorreram dentro da margem de erro, que era de 5%.
Agora, em 10 de novembro de 2020, a pesquisa mostrava 51.5% dos votos para Charles Camaraense, 44.3% para Euda Fabiana e 2.5% para Eliú Pessoa. Nas urnas o resultado foi de 50.2% para Charles e 46.9% para Euda e 2.7% para Eliú. Variações ocorreram dentro da margem de erro, que era de 5%.
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