Durante toda a minha vida como estudante, desde o antigo primário, ginasial e cientifico, nunca publiquei ou tive qualquer inspiração para publicar poesia.
Apesar de ser neto de uma poetisa e de um poeta bissexto.
Mas a semente da poesia, que estava em estado de hibernação, brotou no período em que fui estudante universitário.
Primeiro, numa viagem ao sertão, o editor de um jornalzinho mimeografado, me pediu que eu escrevesse uma poesia para publicar nele.
A poesia foi publicada, o meu primeiro poema. O sertão, berço de minha avó poetisa e do meu avô poeta, foi a inspiração.
Não existe início fácil, pois senão não seria início, e sim fim. Fui aproveitando as pequenas oportunidades para publicar.
Publiquei na universidade, no Jornal do Mobral e até no Jornal de Areia,
Surgiu uma oportunidade de publicar num livro coletivo, com vários poetas brasileiros.
Foi a Antologia Poética intitulada de A NOVA POESIA BRASILEIRA, editada pela Editora Shogun Arte, em 1983.
Ela incluiu os melhores trabalhos do III Concurso Literário Raimundo Correria de Poesia. Inclusive adiante a poesia de minha autoria, inspirada no meu trabalho temporário no censo de 1980.
A POESIA PUBLICADA
A CONDIÇÃO HUMANA
Fui recensear um domicilio
e encontrei uma tapera,
uma mulher e oito filhos
o mais velho com doze anos
o chão da” casa “ servia de privada
para as crianças fracas e desnutridas,
o esposo, morador ausente
ganhando quinhentos cruzeiros
por semana de trabalho
trabalhando numa usina.
Poeta Martinho Ramalho de Alagoa Grande.
Blog rafaelrag
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