Foto: Reprodução/APAE
A história de Margarida da Mota Rocha se confunde com a história de Campina Grande-PB.
Foi uma das primeiras mulheres advogadas de Campina Grande, formada pela tradicional Faculdade de Direito do Recife, atuando em escritório particular. Mas a profissão que abraçou foi a de professora, pedagoga e gestora da educação.
Aos 42 anos, ela iniciou sua vida profissional lecionando no Colégio Estadual da Prata. Em seguida, nas Universidades Estadual da Paraíba (então Furne) e Federal da Paraíba – Campus II (hoje, UFCG).
Afastou-se do ensino para assumir a Secretaria de Educação e Cultura da cidade de Campina Grande nas duas gestões do prefeito Ronaldo Cunha Lima (1983-1988). Nesse cargo, foi uma das idealizadoras do Maior São João juntamente com Ronaldo Cunha Lima e Heraldo Cesar.
Também foi Secretária de Educação do Prefeito Cássio Cunha Lima (1988-1992; 1997-2002). Encerrado o ciclo na gestão da educação municipal, uniu-se a um grupo de mães de pessoas com deficiência para criar a APAE da cidade, entidade que dirigiu em três ocasiões, assumindo o segundo mandato em plena pandemia, aos 90 anos e o terceiro aos 93.
Mesmo enfrentando um tratamento para um câncer, contra o qual lutou por quase dois anos, permaneceu atuando na APAE até um mês atrás. Ela criou ainda o Clube de Mães da comunidade do Lucas, onde fez um importante trabalho de formação de mulheres.
Margarida da Mota Rocha nasceu em 30 de setembro de 1929 em Campinha Grande, cidade pela qual era apaixonada. Costumava lembrar dos banhos que ainda criança tomava no Açude Velho, perto da sua casa.
Ela era filha de Severina e João Francisco da Motta. Seu pai foi fundador do curtume Motta Irmãos, um dos responsáveis pelo destaque de Campina Grande como produtora de couro nos anos 20.
Casada por mais de 60 anos com Luiz Rocha Sobrinho, Margarida deixa oito filhas de sangue e uma de criação, 19 netos e 10 bisnetos, além de uma legião de tantos outros filhos que ela acolheu no coração em sua trajetória generosa como professora, pedagoga e militante pela inclusão das pessoas com deficiência.
*informações da familia/Paraibonline
Blog rafaelrag
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