Descanse em paz, professora Maria das Neves de Paula Arruda, ou, simplesmente, Dirinha.
Célio Alves e a professora Durinha.
Aos 91 anos de vida, uma das mulheres mais autênticas da cidade de Mari fez sua travessia. Inteligente, elegante, irônica, criativa, corajosa, sagaz, Dirinha era dona de uma retórica inigualável, falava e escrevia com facilidade e qualidade.
A conheci ainda menino, vindo a conviver com ela e parte de sua família, oportunidades nas quais apreciei seu talento ao piano degustando um licor caseiro. Dela, ouvi muitas vezes que eu era um menino inteligente e que iria longe. Quando comecei atuar no mundo do rádio, ele vibrou. E eu nunca deixei de dizer que uma das inteligências que despertava a minha atenção era exatamente a dessa mulher, que ainda fora vereadora e presidente da Câmara, por duas vezes, numa época em que política era coisa exclusivamente de homem.
Em nosso último encontro, a professora Dirinha já não recordava mais o meu nome, mas dizia, o tempo todo, que sabia quem eu era. A gargalhada, uma de suas marcas, era a mesma de todas as vezes anteriores.
Texto de Célio Alves.
Que Deus ampare a família e amigos neste momento de grande perda.
Professor Rafael Rodrigues de Alagoa Grande-PB.
Blog rafaelrag
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