Em solenidade realizada na última quarta-feira, 14 de novembro, na sede do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (Cnpem), em Campinas (SP), o ministro Rossieli Soares participou, ao lado do presidente Michel Temer, do lançamento da primeira etapa do Projeto Sirius – o novo acelerador de elétrons desenvolvido pelo Cnpem, organização supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
O equipamento tem a função de gerar luz síncrotron, um tipo de luz especial de altíssimo brilho capaz de revelar, em alta resolução, estruturas dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, ligas metálicas e outros. Seu uso é aplicável em áreas diversificadas, como agricultura, saúde e exploração de petróleo e gás.
“A inteligência que estará aqui nos próximos anos precisa ser fortificada, e temos tido muito apoio”, destacou Rossieli Soares, durante o evento. “Temos aqui uma sementinha para o início de uma nova instituição de ensino superior, para a formação dos profissionais, cientistas e outras pessoas que usarão essa tecnologia para transformar nosso país”.
O presidente Michel Temer também exaltou a importância desse avanço tecnológico. “É o Brasil mostrando ao mundo como se faz pesquisa de ponta”, declarou. “Será um laboratório aberto à comunidade internacional, porque, como sabemos, as grandes descobertas são obras de parcerias. Daqui poderão sair soluções para problemas globais. Estou certíssimo de que teremos muito a comemorar com o trabalho que aqui será realizado. Prestigiar a ciência é um dos deveres que devemos cumprir com muita satisfação.”
O Sirius é composto por três aceleradores de elétrons. Nesta primeira etapa, foram concluídas as obras civis do prédio que abriga a infraestrutura de pesquisa. Também foram entregues, montados, dois dos três aceleradores de elétrons. O terceiro acelerador já está em processo de montagem e integra a próxima etapa do projeto, prevista para o segundo semestre de 2019. Ela será marcada pelo início da operação do Sirius e a abertura das seis primeiras estações de pesquisa. O projeto completo inclui outras sete estações de pesquisa, denominadas “linhas de luz”, que deverão entrar em operação até 2021.
Recursos
Neste mês, por meio de um contrato de gestão do qual o MEC é interveniente, foram liberados R$ 15 milhões, destinados à execução do projeto Centro Internacional de Ensino de Ciências e suas Aplicações (CIEnCia), proposta pedagógica desenvolvida pelo Cnpem.
Organização voltada à formação, em nível superior, de recursos humanos em ciências e desenvolvimento de novas tecnologias, o Cnpem é reconhecido por sua capacidade de viabilizar soluções inovadoras. Dentre suas experiências bem-sucedidas em formação complementar de recursos humanos qualificados, destaca-se o Programa Bolsas de Verão, que, realizado em tempo integral, sempre em janeiro e fevereiro de cada ano, contempla estudantes de graduação em ciências da vida e exatas do Brasil e da América Latina e Caribe.
(MEC)
Blog rafaelrag
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