Governador de Pernambuco revelou detalhes de sua aliança com a rede
Sustentável e como foi o diálogo com a ex-ministra, que não queria ser
vista pela sociedade como 'oportunista'
O governador de Pernambuco e pré-candidato a presidente da
República, Eduardo Campos, em visita a João Pessoa (PB), nesta
quinta-feira (12 de dezembro), adotou um discurso de vitória para disputa do ano que
vem. Durante entrevista ao programa Correio Debate, da Rádio 98 FM,
Campos foi enfático ao garantir a boa relação política com Marina Silva e
mandou recado para oposição que “tenta desconstruir essa aliança”.
“As
pessoas tomaram um susto quando a Marina, que teve 20 milhões de votos,
escolheu a gente. Muitos comemorando porque ela estava fora (...),
esses que ficam plantando a discórdia, dizendo que nós não daremos
certo, eles vão ver eu e Marina ganharmos o ano de 2014 juntos”,
declarou.
Campos analisou os pontos políticos que tem em comum com
a maior liderança da Rede. “Existe muita convergência entre mim e
Marina. Somos do campo democrático e popular. Lutamos pelos dos direitos
do povo. Ela é do Norte, região tão pobre com a nossa. Ela congrega
pessoas para renovar a política. Nós temos clareza que é preciso
diálogo. Nós sabemos que com Marina construíremos um ciclo sustentável
com a natureza, educação, saúde”, disse.
Ele ainda revelou
detalhes sobre o anúncio de Marina Silva em apoiá-lo em 2014. “Eu
encontrei com Marina serena e decidida. Ela disse: ‘eu não vou ficar
fora da política, para ficar de vítima, porque não vai melhor a vida do
povo (...). Também não vou para um partido que eu seja candidata, pois
seria vista como oportunista. Eu vou apoiar você. Você foi o partido
(PSB) que mais nos deu apoio na nossa empreitada para criar o Rede
Sustentabilidade’”.
Novamente, o governador pernambucano comentou
sobre os motivos que levaram a romper a aliança com a presidente Dilma.
“Nós tomamos uma atitude que não é comum na política brasileira. Lá, em
Brasília, eles ficam com os cargos. Entre cargo e debate, eles ficam com
os cargos. A posição que o PSB tomou não foi contra ninguém e, sim,
para um debate e reflexão. O Brasil vinha de uma maneira até 2010 e
mudou nos anos seguintes. A gente vê uma situação que se agrava nos
municípios e estados”, destacou.
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