segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Brasil dá novo passo para se associar ao CERN


Instituições brasileiras recebem visita de comitiva do organismo europeu que avaliará potencial científico e industrial do país
lhc_hall_1Mais um passo importante para a entrada do Brasil no CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear) será dado nos próximos dias, com a visita de uma comitiva da instituição internacional ao país para conhecer a infraestrutura científica local.

O grupo, liderado por Felicitas Pauss, chefe de Relações Internacionais do CERN, chega ao Rio de Janeiro neste domingo e realiza visitas a Campinas, Brasília e São Paulo, antes do retorno à sede do CERN, na Suíça.
A comitiva realiza a "Fact Finding Mission", uma visita para ver de perto o atual estado da física e da indústria brasileiras e confirmar o que a comunidade científica nacional apresentou num relatório enviado ao CERN.

“É basicamente uma visita protocolar, cujo objetivo é verificar se o Brasil tem como se beneficiar ao se associar ao CERN”, relata Ronald Shellard, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Física, físico do CBPF e coordenador, pelo lado brasileiro, do processo de inclusão do país ao organismo europeu.

As negociações para inclusão do Brasil no CERN começaram em 2010, sob a batuta do ex-ministro da Ciência e Tecnologia Sergio Rezende. Num esforço para internacionalizar a ciência brasileira – ou seja, torná-la relevante e participativa no cenário global –, o MCT naquela ocasião defendeu a entrada do Brasil no ESO (Observatório Europeu do Sul) e no CERN.

No caso específico do centro de física de altas energias, a ideia é o Brasil entrar na condição de membro associado, que envolve um custo menor, mas permite que o país participe ativamente das pesquisas conduzidas pelo CERN e que empresas brasileiras participem de licitações para o fornecimento de partes às instalações europeias.

Talvez se estranhe que o CERN zele tanto pelos seus associados, a ponto de verificar se eles irão se beneficiar da entrada em seus quadros, em vez de simplesmente se assegurar de que as taxas de adesão e anuidade sejam quitadas. “Mas faz todo sentido a longo prazo”, diz Shellard. “O CERN sabe que só pode prosperar e se manter se seus associados estiverem satisfeitos. Daí a preocupação de que a relação seja proveitosa para ambos os lados.”

Durante a visita ao Brasil, que vai até a quinta-feira (18), a comitiva do CERN visitará o CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas), o LNLS (Laboratório Nacional de Luz Síncrotron), o CNPq (Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro), Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), IFT-UNESP (Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista) e o IF-USP (Instituto de Física da Universidade de São Paulo), além de realizar reuniões envolvendo outras importantes instituições, como FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) e SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).

CONTATOS

Ronald Shellard (CBPF)
shellard@cbpf.br


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